O Irão admite prolongar entre seis meses a um ano as negociações sobre o nuclear, caso não seja possível chegar a um acordo político até hoje à noite, disse, em Viena, fonte iraniana citada pela agência France Presse. “Continuamos empenhados em conseguir um acordo político até domingo à noite, o que permitirá trabalhar os detalhes dos anexos, mas, se não conseguirmos, a solução passa por refletirmos numa extensão do acordo intermédio de Genebra (2013). E isso poderá durar entre seis meses ou um ano”, disse o diplomata.

O acordo intermédio de Genebra, assinado em novembro de 2013, prevê a suspensão de uma parte das atividades nucleares do Irão em contrapartida pela retirada parcial das sanções internacionais, para criar um quadro favorável às negociações. Concluído em seis meses, o acordo que começou a ser aplicado em janeiro 2014, foi prolongado por mais quatro meses para permitir ao Irão e às grandes potências nucleares chegarem a um acordo global até 24 de novembro.

Mas, após cinco dias de intensas negociações em Viena, Áustria, o Irão e os países do grupo 5+1 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) concordam que subsistem “divergências importantes”, tornando improvável um acordo completo e incerto um acordo de princípio.

Em caso de falhanço das negociações, o Irão considera que é preciso evitar a todo o custo “um clima de confrontação com uma escalada de parte a parte”. “Por exemplo, que não se responda com novas sanções a um desenvolvimento do programa nuclear. É preciso evitar isso”, adiantou a mesma fonte.

“Preferimos um entendimento político geral, mas se não conseguirmos (…) um prolongamento do acordo da Genebra será o mal menor”, acrescentou. O secretário de Estado norte-americano John Kerry permanece em Viena para continuar as conversações com o seu homólogo iraniano, Mohammad Javad Zarif.

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