Mais de 25 mil pessoas manifestaram-se em Atenas e Salónica, as principais cidades gregas, contra a continuação da austeridade e quando decorre uma greve geral de 24 horas convocada pelas federações sindicais do setor privado e do público. Segundo os números da polícia, cerca de 18 mil manifestantes concentraram-se ao início da tarde no centro de Atenas, onde a circulação foi interrompida, e desfilaram até ao parlamento na praça Syntagma, palco de importantes manifestações desde a eclosão da crise em 2010.

A manifestação realizou-se alguns dias antes da votação no parlamento do orçamento para 2015, que prossegue uma política de diminuição da despesa, nomeadamente ao nível da saúde e da educação. Em Salónica (norte), pelo menos 8 mil pessoas manifestaram-se no centro da cidade, segundo a polícia local.

Na origem da mobilização, as federações GSEE (do sector privado) e Adedy (sector público) criticam “as medidas governamentais que mantêm (…) o desemprego num nível recorde (e) as políticas que fazem dos trabalhadores a variável do ajustamento da crise e dos défices”. Transportes públicos, ligações aéreas e o trabalho nos portos foram afetados, assim como escolas e hospitais, nesta segunda greve geral do ano, depois de uma primeira em abril.

A Grécia começou este ano a registar algum crescimento, depois de seis anos de recessão que a fizeram perder um quarto da sua riqueza. A taxa de desemprego estava nos 25,9 por cento em agosto. Um emprego em cada quatro desapareceu durante a crise, segundo a Organização Internacional do Trabalho, que alertou para o risco de “crise social prolongada” no país.

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