Lisboa vai ser a capital do mundo do bem-estar. É a segunda edição de um festival para respirar, relaxar, comer bem e dançar. Descubra a magia do yoga no Lisbon Yoga Festival com os melhores professores nacionais e alguns nomes internacionais também. Em Lisboa, nos próximos dias 6, 7 e 8 de dezembro.
João Silva, responsável pelo Lisbon Yoga Festival, tem aquela estrelinha de quem pensa fazer e faz. Talvez a prática do yoga o ajude, mas a segunda edição de um festival de yoga esta aí para provar. «Esta edição é mais alargada, de três dias, e vamos ter mais métodos de yoga também: Yin Yoga, Restorative Yoga, Jivamukti», revela o responsável. «Outra novidade são os workshops de alimentação vegetariana, vegan e raw food». Esta edição aposta na comida saudável. «Melhoramos toda a alimentação que agora está a cargo do chef Duarte Alves». E as novidades continuam. «Há professores estrangeiros pela primeira vez e aulas de prática mais avançada», conta ao Observador.
O essencial é mostrar os benefícios que o yoga, a meditação e outras práticas saudáveis, algumas milenares, podem trazer para a nossa vida. E quebrar ideias pré-concebidas. «Acima de tudo, pretende-se que todos os participantes deste festival, quer sejam praticantes experientes ou simpatizantes, possam saber mais sobre o Yoga». Portanto, se nunca experimentou e já sentia curiosidade este é o momento certo.
Começou por ser um sonho do João. Já praticava há bastantes anos e dava aulas desde 2001. «Surgiu a ideia de fazer um festival aberto a todas as escolas e tradições, à semelhança do que se faz no estrangeiro», conta-nos. Para todos. Quem é novo na prática tem convite para entrar e conhecer este mundo do bem-estar e quem já conhece os efeitos tem espaço para imergir em mais conhecimento. E para dar jus ao significado da palavra yoga, que é união, «este festival não serve para promover uma determinada escola ou um tipo de yoga mas sim o yoga», esclarece o responsável.
Esta é a história verdadeira mas oficial. Ao Observador, o João desvendou um lado mais pessoal de um percurso difícil. «Em outubro de 2012 foi-me diagnosticado uma lesão neurológica grave». O João sabe hoje que era suposto ter tido este percurso e viver cada dia desta jornada. «Estive três semanas quase sem me conseguir mexer, ler, usar o computador, telemóvel ou sequer ouvir música», conta ao Observador. «Esperei pela operação com prognóstico reservado, os médicos duvidavam que eu voltasse a mover o meu lado esquerdo e disseram-me que não poderia dar mais aulas».
É nestes momentos que há duas opções. O João escolheu a via viver. «Durante estas três semanas o yoga ajudou-me a passar a angústia da espera com recurso a muito relaxamento, mindfullness e respiração, desapego e, claro, o divine within!», conta-nos. E tudo correu bem. «A operação foi um sucesso graças ao excelente neurocirugião, a toda a ciência, à tecnologia médica e a todas as boas energias que amigos e alunos me enviaram», diz João Silva com um sorriso aliviado. Há um ano voltou a dar aulas. Quando assim foi cumpriu a promessa que tinha feito enquanto estava doente. «Durante aquele tempo pensei que se escapasse ia fazer um festival de yoga para agradecer ao yoga ter-me ajudado na doença».
A primeira edição foi em fevereiro de 2014, a segunda já no próximo fim-de-semana, na zona de Santos, em Lisboa. Será um evento com mais atividades mas mais restritivo em termos de bilhetes. «No primeiro festival houve cerca de 450 pessoas por dia, agora vamos disponibilizar apenas 250 entradas». De forma a garantir a qualidade do evento, justifica. Por isso o programa conta com aulas ministradas por professores de diferentes tradições de yoga, sessões de meditação, palestras e workshops, aulas de dança, workshops e música de génese indiana e oriental. «As pessoas podem esperar um festival bem disposto em que o yoga é tratado com seriedade mas sem dogmas», diz João Silva. Ou seja, aproveite. Faça uma aula de yoga, beba uma sumo verde ao som de um kirtan, experiente uma workshop de raw food, aprenda até um pouco de dança Bollywood e ainda participe numa Ecstatic Dance. Acima de tudo, dedique-se à alegria de viver.