A polícia de Hong Kong começou, pelas 16h00 (08h00 em Lisboa), a fazer as primeiras detenções entre os manifestantes que se recusam a abandonar os locais de protesto, onde estão acampados há cerca de dois meses.

As autoridades tinham avisado os manifestantes pró-democracia que iriam avançar com detenções, caso os jovens impedissem as ações de desimpedimento das ruas, o que acabou por acontecer – os agentes formaram um cordão humano em volta do grupo de cerca de 100 pessoas, que se mantinha sentado, e começaram a efetuar detenções, descreve o jornal South China Morning Post.

Imagens transmitidas pelas televisões mostraram uma jovem a ser levada para um veículo da polícia em Admiralty. Segundo o jornal, os agentes estão a levar os manifestantes um a um, sem que estes ofereçam resistência.

Centenas de pessoas permanecem na zona de protesto pese a anunciada intenção das autoridades em desimpedir Admiralty, a última das áreas onde subsiste um acampamento que começou a ser instalado em finais de setembro, por ocasião do início da “revolução dos guarda-chuvas”.

O movimento tem como objetivo mostrar o descontentamento popular perante a decisão de Pequim em autorizar, em 2017, a eleição direta do chefe do Governo, mas num ato eleitoral onde os candidatos serão previamente aprovados pelo comité eleitoral.

Para os manifestantes, o método aprovado não constitui o objetivo que pretendem, ou seja, escolher livremente e sem restrições, o líder do Executivo local.

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