O número de cidadãos europeus nas fileiras ‘jihadistas’ em países como a Síria pode atingir os cinco mil, indicou nesta terça-feira o diretor do Serviço Europeu de Polícia (Europol), Rob Wainwright, durante uma audição numa comissão no Parlamento britânico. “Estamos a falar entre 3.000 a 5.000 cidadãos da União Europeia (UE)”, afirmou Wainwright, quando questionado pela comissão de assuntos internos do Parlamento britânico sobre quantas pessoas terão saído da Europa para combater junto dos ‘jihadistas’.

Na mesma intervenção, o diretor da Europol sublinhou que estas pessoas podem representar uma ameaça após o regresso aos respetivos países. “Estamos a lidar com um grande número de homens, principalmente jovens, que potencialmente podem voltar e que têm potencial ou intenção e capacidade para realizar ataques como aqueles que vimos em Paris na última semana”, disse o responsável.

Rob Wainwright também apelou para exista um maior escrutínio do uso das redes sociais pelos grupos ‘jihadistas’. “Temos de ter uma relação mais próxima, muito mais produtiva, entre a aplicação da lei e as empresas tecnológicas”, disse. “Uma das maiores evoluções que estamos a presenciar neste momento na atual ameaça terrorista é a forma como a Internet é usada, claramente de uma forma muito mais agressiva, muita mais imaginativa através das redes”, reforçou.

Em setembro de 2014, o coordenador europeu de contraterrorismo, Gilles de Kerchove, estimou que cerca de 3.000 cidadãos europeus tinham integrado as fileiras ‘jihadistas’ na Síria e no Iraque. Na mesma altura, o coordenador afirmou que cerca de 30% destas pessoas tinham regressado aos respetivos países.

Os ‘jihadistas’ do EI, combatentes que iniciaram em junho do ano passado uma grande ofensiva e que se assumem como participantes numa ‘guerra santa’, proclamaram um “califado” nos vastos territórios que controlam na Síria e no Iraque.

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