Os jihadistas que atacaram, nesta terça-feira, o hotel de luxo Corinthia na capital líbia, Tripoli, fizeram-se explodir ao ficarem cercados num dos andares superiores do edifício, anunciou um porta-voz dos serviços de segurança locais.

Segundo o New York Times, os jihadistas faziam parte de uma organização afiliada ao Estado Islâmico. Pelo menos oito cidadãos estrangeiros morreram no ataque ao hotel de luxo, conta o Guardian. Segundo as autoridades locais, morreram cinco estrangeiros e três seguranças do hotel.

Trata-se do ataque mais significativo contra interesses ocidentais e organizações governamentais no país desde a queda do ditador Muammar Kadafi, há três anos, escreve o jornal norte-americano.

Os jihadistas entraram no hotel, durante a manhã, a disparar à toa, ferindo vários civis que estavam presentes no local. Vestiam uniformes pretos iguais aos da polícia do país. Na entrada do hotel, um carro explodiu – não se sabe se foi devido a um rocket ou ao lançamento de uma granada.

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O hotel, um dos mais luxuosos em Tripoli, é um dos locais no país onde se encontram mais turistas estrangeiros, homens de negócios que visitam o país, e também serve de morada a muitas embaixadas. A grande maioria da comunidade internacional que morou no hotel fugiu do país, desde que o país voltou a cair num conflito armado interno no verão passado.

Líbios que fazem negócios no hotel disseram ao New York Times que, na altura do ataque, o hotel estava muito vazio.

“Depois de serem perseguidos e encurralados no 21.º andar do hotel, os atacantes detonaram os coletes de explosivos que envergavam”, disse o porta-voz, Issam al-Naass, citado por agências internacionais.