O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou hoje no Vaticano ter a certeza “quase absoluta” de que Francisco vai visitar Portugal em 2017, depois de vários convites dirigidos pelo Governo, Conferência Episcopal e diocese católica de Leiria-Fátima nesse sentido.

“É o centenário de Fátima e Fátima tem um lugar muito importante na vida de milhões e milhões de católicos no mundo inteiro. O Papa Paulo VI foi lá em 1967, depois o papa João Paulo II, depois o papa Bento XVI e o papa Francisco também vai, por isso lá o esperamos”, disse aos jornalistas que acompanhavam a sessão de cumprimentos, horas depois do consistório em que Manuel Clemente foi criado cardeal.

As declarações surgiram horas depois de o vice-primeiro-ministro Paulo Portas ter renovado o convite para visitar Portugal ao atual papa, recordando que os 100 anos de Fátima “são muito importantes para muitos portugueses”. Manuel Clemente mostrou-se certo que o papa argentino vai aproveitar a possibilidade de falar a “milhões de pessoas” de todo o mundo, na Cova da Iria.

“Tenho quase a certeza absoluta. Certeza absoluta é quando o vir lá, é como em tudo na vida, mas tenho quase a certeza. Eu perguntei-lhe, mas a resposta que ele me deu foi ‘reza por mim a Nossa Senhora’, julgo que é uma confirmação”, adiantou. A este respeito, o bispo do Porto, António Francisco dos Santos, disse também no Vaticano que espera uma visita do Papa à cidade nortenha, em 2017, ano em que se prevê que Francisco se desloque a Portugal, por ocasião do centenário das aparições marianas de Fátima.

“Todos estamos convencidos de que o Papa irá a Portugal e eu estou imensamente desejoso de que ele vá ao Porto, na tradição, aliás, do que fizeram os Papas João Paulo II e Bento XVI, em 1982 e 2010, respetivamente”, declarou. “Farei tudo o possível e a Igreja do Porto receberá o Papa Francisco de coração aberto e braços estendidos para acolher a sua mensagem e para caminhar com ele, neste tempo novo da Igreja que estamos a viver”, acrescentou António Francisco dos Santos. O prelado afirmou ainda que quis trazer ao Vaticano “a alegria” da diocese do Porto, onde Manuel Clemente foi bispo entre 2007 e 2013.Lusa/Fim

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