A Turquia e os Estados Unidos assinaram esta quinta-feira um acordo para treinarem e equiparem em conjunto o Exército de Libertação da Síria, contra o Estado Islâmico, mas também contra o Presidente sírio Bashar al-Assad.

A informação foi adiantada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros turco à Reuters. O exército norte-americano deverá enviar mais de 400 soldados, incluindo forças de operações especiais, para treinar os sírios moderados em locais fora da Síria. De acordo com a Associated Press, os Estados Unidos assinaram o acordo com o Estado Islâmico como alvo, mas oficiais do Governo turco sugeriram que também querem ver o Presidente Bashar al-Assad derrotado.

As autoridades norte-americanas pretendem treinar cerca de cinco mil combatentes sírios por ano durante três anos no âmbito do plano. A Arábia Saudita, o Qatar e a Turquia ofereceram-se para acolher centros de formação e os treinos podem começar já em meados de março.

A Turquia opunha-se de forma aberta à presidência de Bashar al-Assad na Síria. Esta é uma aproximação na forma como os dois países têm atuado na região. A Turquia faz parte da coligação que está a combater o Estado Islâmico, mas foi-se mostrando relutante em abrir as fronteiras que partilha com a Síria para deixar passar curdos que querem juntar-se aos combates em terra, nomeadamente em Kobane.

Bashar al-Assad foi muito criticado por ter ajudado o Estado Islâmico numa fase inicial, já que estes combatiam os rebeldes sírios (que queriam derrubar Assad do Governo), em cidades como Ar-Raqqa, Idlib e Aleppo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR