Mais de 300 seguidores do movimento alemão anti-islâmico do Pegida (Patriotas Europeus contra a Islamização da Europa) manifestaram-se hoje na cidade de Newcastle, em Inglaterra, exigindo que o Governo britânico tome medidas para expulsar os jiadistas e radicais islâmicos do país. Ao mesmo tempo, no entanto, outras mil pessoas concentraram-se no mesmo local para se oporem aos seguidores do Pegida, segundo relataram as autoridades à EFE.

A manifestação e a contra-manifestação foram vigiadas de perto pela polícia britânica, mas, apesar da tensão, não se registaram confrontos. Donna Trainor, organizadora da marcha afeta ao Pegida, explicou perante os manifestantes o porquê da protesto: “O Islão não é uma raça, é uma religião. [O termo] racista não deveria ser colocado em cima da mesa. Queremos que o Governo nos ouça e retire das ruas os jiadistas e radicais muçulmanos”.

Também Paul Weston se juntou aos protestos anti-Islão. O líder do Liberty Great-Britain, um partido eurocético formado em 2013, aproveitou a oportunidade para pressionar o Governo a tomar medidas antes que os muçulmanos se tornem, dentro de poucas décadas, uma maioria na Europa.

Do outro lado, George Galloway, líder do partido Respect e um dos promotores da contra-manifestação, defendeu que o Pegida era uma importação alemã que os britânicos repudiavam. “As pessoas que estão aqui na manifestação contrária ao Pegida representam milhões. Eu quero os alemães. Conduzo um carro alemão, mas esta é uma importação alemã que nós não queremos”, afirmou Galloway.

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