As negociações entre os representantes do governo de Atenas e das instituições credoras – o chamado Euro Working Group – aceleraram um pouco nos últimos dias, indicou Poul Thomsen, diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Europa, citado pelo jornal alemão Handelsblatt. Contudo, as partes continuam “longe” de um acordo definitivo que resolva as dificuldades de tesouraria da Grécia.

“Tem havido um ímpeto um pouco maior nos últimos dias nas negociações entre as três instituições [Comissão Europeia, FMI e Banco Central Europeu) e o governo grego”, disse Poul Thomsen ao Handelsblatt, numa entrevista relatada pela Reuters. “Este é um desenvolvimento positivo e dá-nos razões para ter esperança“, acrescentou o responsável.

As negociações continuam, contudo, “longe do objetivo” e que é necessário continuar a trabalhar para que as partes cheguem a um acordo sobre os aspetos que as continuam a separar, nomeadamente as reformas do mercado de trabalho e do sistema de pensões.

O peso dos reembolsos [de dívida] que se aproximam, para a Grécia, é muito grande“, acrescentou Poul Thomsen, notando que “é preciso chegar a um acordo antes [de junho] para que possam ser atribuídos mais fundos de emergência”.

Em nota de análise enviada aos clientes esta segunda-feira, os analistas do Rabobank dizem que, numa altura em que ninguém espera um acordo na reunião do Eurogrupo esta semana, “maio afigura-se como o mês crucial, já que parece claro que o governo grego terá de fazer uma escolha entre pagar as faturas internas [salários e pensões, entre outros] ou fazer pagamentos aos credores”.

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