O Governo do Nepal informou que o terramoto que devastou o país há dez dias destruiu 668 escolas e pediu aos especialistas que certifiquem se as outras 2.228 que sofreram danos são seguras antes de serem retomadas as aulas. As autoridades nepalesas informaram também esta terça-feira que “um exército” de trabalhadores está finalmente a conseguir fazer chegar a ajuda aos sobreviventes do sismo no Nepal, numa altura em que o número de vítimas mortais subiu para 7.557. O número de feridos já contabilizados ascende a 14.536.

Mais de 131.500 militares e polícias nepaleses participam atualmente na massiva operação, apoiados por mais de uma centena de equipas de trabalhadores humanitários estrangeiros. O Departamento de Educação nepalês assegurou, em comunicado, que os estabelecimentos de ensino de 36 distritos do país – de um total de 75 – foram afetados pelo sismo, indica o jornal Kantipur.

“Dado que as edificações parcialmente destruídas podem representar um risco para os estudantes, a administração das escolas localizadas nos distritos afetados receberam instruções para realizarem um estudo dos danos antes de retomarem as aulas” no próximo dia 14, disse a diretora da Educação, Dev Kumari Guragain.

A organização não-governamental Teach for Nepal trabalha em Sindhupalchowk, o distrito mais afetado pelo forte terramoto, onde 90% das infraestruturas ficaram destruídas ou gravemente danificadas, segundo estimativas das Nações Unidas, deu conta das dificuldades que se sentem na zona.

“Entre 80 e 90% das casas das comunidades com as quais trabalhamos ficaram reduzidas a escombros”, disse Sweta Baniya, porta-voz da organização, em declarações à agência Efe. “Os professores nessa zona estão desesperados, sem saber quando poderão voltar a ensinar. Como é que vamos dizer às crianças para retomarem os estudos quando perderam familiares, a sua casa e os seus livros?”, questionou a mesma responsável.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR