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53% dos jovens portugueses estão dispostos a emigrar para encontrar trabalho

Este artigo tem mais de 5 anos

Estudo promovido pela Presidência da República mostra que metade dos jovens estão disponíveis a procurar trabalho lá fora. Mais que um bom salário, os jovens procuram estabilidade no emprego.

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Ilustração: Milton Cappelletti

Ilustração: Milton Cappelletti

O Presidente da República, Cavaco Silva, quis tirar a radiografia aos jovens portugueses e o estudo promovido pela Presidência da República concluiu que 53% das pessoas inquiridas entre os 15 e os 24 anos consideram a hipótese de vir a trabalhar fora no futuro – 16,1% diz não saber. No entanto, questionados se já tinham saído do país em férias, mais de metade destes jovens disseram que não, afirmando ainda que uma das maiores motivações para ir trabalhar para fora é ter mais oportunidades e melhores condições de trabalho do que em Portugal.

O estudo faz parte dos Roteiros do Futuro promovidos pelo Presidente e foi elaborado por Marina Costa Lobo, Vítor Sérgio Ferreira, Jussara Rowland, focando-se em pontos como emprego, participação política e lazeres dos jovens portugueses. Outro dos pontos de destaque neste estudo no que diz respeito aos jovens e ao emprego, e que em parte explica a vontade de sair de Portugal, é que dos 15 aos 34 anos as pessoas valorizam mais a estabilidade no trabalho (quase 85% diz que este é o ponto que mais valoriza num posto de trabalho) do que qualquer outra característica – mesmo um bom salário, que é o quarto indicador, com 78,5% dos jovens a indicá-lo como muito importante.

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Neste estudo, que está a ser apresentado na Fundação Champalimaud numa conferência com o patrocínio de Belém, mais de 60% dos jovens dizem mesmo que consideram que daqui a dois anos o país não vai estar melhor e mais de metade dos inquiridos entre os 25 e os 34 não estão satisfeitos com a democracia em Portugal.

O que leva os jovens a quererem emigrar?

Mais oportunidades assim como melhores condições de trabalho são os pontos que os jovens portugueses buscam lá fora quando pensam em mudar-se para o estrangeiro para trabalhar. Quando contemplam destinos, os jovens portugueses preferem ficar na União Europeia, com 81,2% dos jovens entre os 25  os 34 anos a indicarem isso mesmo, a seguir está a América do Norte, com os EUA e o Canadá a reunirem quase 20% das preferências – a seguir estão os países lusófonos.

Apesar desta vontade de procurar emprego lá fora, a maior parte dos jovens inquiridos neste estudo, indica que nunca viajou para fora em férias. 60,6% dos jovens entre os 15 e os 24 anos afirmam que nunca foram ao estrangeiro e mais de metade dos jovens entre os 25 e os 34 alegam também nunca o ter feito. Entre os que dizem ter viajado, 71,4% diz viver confortavelmente e em mais de metade destes casos, os pais têm formação superior.

Jovens muito preocupados com a possibilidade de perder o emprego

Os jovens que têm emprego estão muito preocupados em perdê-lo. Esta é outra das conclusões deste estudo que indica que 73% dos jovens entre os 25 e 34 anos está muito preocupada com possibilidade de perder o emprego e apenas 11,6% desta faixa etária é que afirmam ter pouca preocupação em relação aos assunto. Para além da preocupação dos próprios jovens, também os pais com filhos entre os 25 e 34 anos temem pelos seus postos de trabalho. 62,7% dos pais estão muito preocupados com o emprego dos filhos.

Para os jovens que estão numa relação, a preocupação com a precariedade do trabalho estende-se ao parceiro, com 69,1% dos jovens dos 25 aos 34 anos que estão numa relação a dizerem que vivem também “muito preocupados” com o posto de trabalho do parceiro ou da parceira.

Nada é o nível de interesse dos jovens sobre política

O interesse pela política está a cair entre os jovens portugueses em comparação a níveis de 2007. Entre os 15 e os 24 anos, 57,3% dos jovens dizem que não se interessa nada pela política nacional – em 2007 eram 23,5% os jovens dessa faixa que mostravam esse nível de interesse. Os adolescentes e jovens adultos muito interessados na política são apenas 1,2% e entre os 25 e 34 anos são 2,1%.

Para além disto, 78,1% dos jovens entre 15 e 24 anos dizem  não ter qualquer identificação partidária. Um aumento de mais de 20% desde 2007, quando 52,8% afirmava não se rever em nenhum partido político.

Infografias: Milton Cappelletti

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