O Papa Francisco canonizou este domingo as duas primeiras santas palestinianas, durante uma cerimónia na Praça de São Pedro, no Vaticano. Na missa esteve presente Mahmoud Abbas, presidente da Palestina.

As duas mulheres, Marie Alphonsine Ghattas e Mariam Bawardy, nasceram na região da Palestina durante a ocupação otomana, no século XIX. Apesar da dificuldade com que viviam, dedicaram as suas vidas a ajudar os pobres e os doentes. Na cerimónia, o Papa apelou aos presentes para que seguissem o seu “exemplo luminoso”, considerando-as como “modelos de santidade”.

Ghattas nasceu no seio de uma família palestiniana em Jerusalém, em 1843. Foi co-fundadora da Congregação das Irmãs Dominicanas do Santíssimo Rosário, responsável ainda hoje pela gestão de inúmeras escolas e jardins de infância. Morreu em 1927 e foi beatificada em 2009.

Bawardy nasceu na Galileia, na região norte de Israel, em 1846. Os pais, originários da Síria e da Líbia, eram católicos gregos. Foi durante a sua estadia em França que decidiu abraçar a vida religiosa. Em vida, terá realizado vários milagres e terá sofrido de stigmata, as marcas das chagas de Cristo. Morreu em 1878 aos 32 anos de idade, em Belém, na Palestina.

Na mesma missa, foram ainda canonizadas outras duas mulheres — a francesa Jeanne Emilie de Villeneuve e a italiana Maria Cristina dell’Immacolata. O Vaticano está ainda a ponderar a canonização de um outro palestiniano, um monge salesianos.

A canonização das duas santas aconteceu poucos dias depois de a Igreja Católica ter reconhecido formalmente o Estado da Palestina através de um novo tratado. Este pretende garantir a autoridade do Vaticano em territórios sob o domínio palestiniano, onde se encontram vários locais de culto cristãos.

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