O centro de decisão a manter-se em Portugal e o hub, em Lisboa. Pelos menos estes dois requisitos do caderno de encargos da privatização da TAP foram cumpridos na oferta apresentada por Miguel Pais do Amaral. O empresário disse esta terça-feira que a sua proposta “garante a independência” e a “auto-determinação estratégica” da companhia aérea nacional.

A oferta foi assinada pela Quifel, holding de Pais do Amaral que, de acordo com declarações enviadas pelo empresário ao Público, lidera um grupo de “investidores financeiros internacionais de grande dimensão [e] com elevada experiência no setor da aviação”. Nenhum desses investidores, contudo, foi identificado.

Miguel Pais do Amaral argumentou que “a TAP não tem vocação para ser uma subsidiária”, defendendo que “seria uma pena” e um “risco” se a companhia aérea portuguesa “fosse absorvida por empresas de menor dimensão”. Sem desvendar números, o empresário sublinhou ainda que a oferta “é superior aos valores” da proposta da Avianca, empresa de Germán Efromovich — a restante é da Azul, detida por David Neeleman — que foram “referenciados pela comunicação social”.

Ou seja, terá de ultrapassar os 35 milhões de euros que Efromovich oferece pelas ações da TAP e os 250 milhões que pretende injetar, durante dois anos, na companhia aérea. E mais — há “a nuance de [pagar] em cash [dinheiro] no primeiro dia”. O prazo de entrega das ofertas para a privatização da TAP terminou a 15 de maio. O relatório que o Governo e a Parpública, empresa estatal que detém as ações da companhia aérea, estão a preparar tem de estar pronto até esta sexta-feira.

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