A Grécia tem de pagar cerca de 1.600 milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), a começar já em 5 de junho com um primeiro reembolso no valor de 302 milhões de euros. Mas Nikos Vutsis avisou este domingo que “este dinheiro não será pago, porque não há” meios financeiros suficientes. A única coisa que poderá evitar um incumprimento será um acordo que “permita ao país respirar“.

Em entrevista à estação de televisão privada Mega, citada pela Bloomberg e pelo Ekathimerini, o ministro garantiu que não é uma “estratégia” por parte do governo grego falhar esses pagamentos. “Estamos a negociar, tendo por base o nosso otimismo moderado, que haverá um acordo robusto (com os credores), para que o nosso país possa respirar. Essa é a nossa aposta”.

Estas declarações vêm na linha do que disse, na quarta-feira, o líder da bancada parlamentar do Syriza, Nikos Filis. A Grécia incumprirá com os 300 milhões de euros em dívida que tem de reembolsar ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a 5 de junho caso não haja um acordo com os credores internacionais, garantiu. Nikos Filis, garantiu que “este é o momento em que as negociações estão a atingir o clímax. Esse será o momento da verdade, o dia 5 de junho”.

“Se não houver um acordo até lá, que resolva o problema de financiamento que existe, eles [o FMI] não receberão qualquer pagamento”, avisa Nikos Filis, numa entrevista à televisão ANT1 citada pelo jornal grego Ekathimerini.

A declaração de Nikos Filis, que garante que “não há fundos” para realizar esse pagamento “estupendo” de 302 milhões de euros, não surpreenderá pelo facto de a Grécia já ter tido que recorrer aos fundos de reserva que existiam no FMI para fazer o pagamento de 750 milhões ao próprio FMI, a 12 de maio. Mas é mais uma indicação da urgência que existe em que a Grécia consiga um acordo com os credores nas próximas semanas.

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