Há cada vez mais homens a sofrer de patologias ligadas à disfunção sexual e este aumento deve-se, sobretudo, à crise económica, alerta a Sociedade Portuguesa de Andrologia, Medicina Sexual e Reprodução (SPA), que assegura que 52% dos indivíduos entre os 42 e os 70 anos têm disfunção erétil em algum grau.

As dificuldades financeiras, o desemprego ou os filhos que regressam a casa dos pais ou dos avós, contribuem para este cenário. “Todo o stress inerente a estas situações faz com que haja um desequilíbrio emocional no homem e isso tem, de imediato e cada vez mais, repercussões na sua vida familiar e, consequentemente, na sua saúde sexual”, afirma Pepe Cardoso, presidente da SPA, num comunicado enviado às redações.

“Aquilo que sentimos, tanto nos hospitais como nos consultórios, é que há cada vez mais casos, nomeadamente de disfunção erétil, que são fruto da atual conjuntura económica”, assegura Pepe Cardoso.

Também o trabalho precário, os baixos salários e os desafios profissionais demasiado exigentes e com direito a pouco descanso, estão a fazer acelerar os casos de disfunção erétil.

E se a crise potencia este problemas relacionados com a saúde sexual masculina, por outro lado, a disfunção erétil é também ela um elemento que pode causar “menor produtividade e faz aumentar os conflitos laborais” já que “o homem fica muito afetado psicologicamente perante uma situação de disfunção sexual”, refere o urologista.

Precisamente porque este é um tema muitas vezes tabu e que atinge cada vez mais portugueses está a decorrer uma campanha de sensibilização relativamente à disfunção erétil que sublinha, por um lado, a importância de uma ida ao médico e que divulga o site Eucontrolo.pt, que apresenta um conjunto de informação “importante e fidedigna” sobre as disfunções sexuais masculinas e “no qual se podem esclarecer várias dúvidas sobre o assunto”.

 

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