“A sensação de fome é a necessidade fisiológica de calorias, água ou sal e é potenciada por um conjunto de factores, incluindo os hábitos alimentares, as hormonas do apetite e factores emocionais como o stress”, explica à Health Magazine a dietista Maggie Moon, do site Every day healthy eating. Se a vontade de comer é uma sensação muito frequente, provavelmente há uma razão para isso entre estas sete. Ou talvez mais do que uma.

1. Anda a devorar refeições

Quando se come num ápice, o estômago até pode estar cheio, mas o cérebro ainda não deu por nada. Há que dar-lhe tempo para que registe a sensação de saciedade. Um estudo publicado em 2013 pela Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism conclui que comer calmamente facilita a produção das hormonas que põem o cérebro a dizer “enough is enough”. O segredo para acabar com isto não é nenhum sacrifício: aproveite o ritual da refeição, saboreie cada garfada e não volte a comer no espaço de 20 minutos — é o tempo que basta para que o cérebro receba a informação.

2. Vê demasiada food porn

É difícil resistir quando se está todo o dia exposto às redes sociais. Mesmo que não se saia de casa é-se assediado por um bife mal passado e suculento ou pelo detalhe da massa estaladiça de uns pastéis de nata. São só imagens mas são uma tentação porque a relação entre o que se vê e o que se deseja é real. Um estudo de 2012 mostra como olhar para comida ajuda na produção de grelina, a hormona da fome. A mesma coisa se passa com cheiros apetitosos, que “estimulam reações fisiológicas involuntárias: a boca saliva e o estômago contrai-se criando uma imitação da necessidade de comer”, diz Moon.

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3. Não anda a comer gordura e proteínas suficientes

Pode parecer uma paradoxo, mas quando se faz dieta não é boa ideia cortar nas gorduras não saturadas e nas proteínas porque isso aumenta a vontade de comer. As proteínas mantêm-se mais tempo no estômago e prolongam a sensação de saciedade e, além disso, tem sido comprovado que inibem de facto o apetite — é apostar nos iogurtes gregos, nos ovos ou nas carnes magras. Quando às gorduras não saturadas encontram-se no azeite, nos frutos secos e sementes ou em abacates, por exemplo.

4. Está é com sede

A desidratação ocasional é frequentemente confundida com fome e a confusão acontece no hipotálamo, que regula tanto a fome como a sede. O melhor é estar sempre hidratado: um copo de água pode ser a primeira coisa da manhã e, no caso de sentir fome e não ter ingerido muitos líquidos durante o dia, beba um copo de água e espere 20 minutos para ver se a fome desapareceu.

5. Bebe muito álcool

Um Martini como aperitivo resulta bem: abre o apetite para o que vem a seguir. O problema é se o álcool entra no momento do dia em que não é suposto ter-se fome. Um estudo publicado na Appetite diz que o álcool estimula o consumo de comida calórica até quando se está de estômago cheio. Como o álcool desidrata, há ainda a possibilidade de confundir a sede com fome. Lembre-se do velho truque e, em noites longas, alterne cocktails e afins com água.

6. À noite dorme, mas não descansa

Se não pregou olho toda a noite, de manhã o corpo vai ter mais grelina e menos leptina, a hormona que provoca a sensação de saciedade. Além disso, todo o corpo está cansado, ansioso e com necessidade de energia, pelo que é natural que queira comer a primeira coisa que lhe apareça à frente.

7. Anda a saltar refeições

Quanto mais tempo de estômago vazio mais grelina se produz. Por isso, saltar refeições como o pequeno almoço ou o lanche pode ser a razão de uma fome louca ao almoço ou ao jantar. O ideal será não passar mais de quatro ou cinco horas sem comer. Se não pode fazer uma pausa para um lanche a sério, o melhor será ir entretendo o estômago com uns frutos secos, um iogurte ou um batido.