O antigo ministro das Finanças Teixeira dos Santos considerou hoje que a condecoração que recebeu esta manhã por ocasião do 10 de junho foi o reconhecimento de que a sua decisão de pedir ajuda financeira em 2011 foi acertada.
“É o reconhecimento de que algo de importante foi feito, nomeadamente quando se reconheceu que o país tinha pedir aos seus parceiros ajuda financeira face às difíceis condições dos mercados”, afirmou o antigo titular da pasta das Finanças dos Governos de José Sócrates, entre 2005 e 2011, em declarações aos jornalistas à saída da sessão solene do 10 de junho, onde recebeu das mãos do Presidente da República a insígnia da Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.
Reiterando que “apesar dos tempos muito difíceis que o país viveu” depois da assinatura do programa de ajustamento, com os sacrifícios que foram impostos aos portugueses, as dificuldades económicas que se têm vivido e ao “grande desemprego” registado, Teixeira dos Santos insistiu que se a decisão de pedir ajuda financeira não tivesse ocorrida naquela altura, “a situação teria evoluído de forma bem pior”.
Questionado sobre as escolha feitas posteriormente pelo atual Governo de maioria PSD/CDS-PP, o antigo ministro das Finanças disse que pessoalmente não concorda com elas, mas escusou-se a fazer mais comentários.