Magna Charta Libertatum, seu Concordiam inter regem Joh annen at barones pro  concessione libertatum ecclesi ae et regni angliae. Este é nome completo da Magna Carta, um documento que foi assinado há precisamente 800 anos, a 15 de junho de 1215, e que impôs limitações do poder monárquico na Inglaterra do século XIII. Com o passar dos séculos, tornou-se uma referência fundamental na luta pelas liberdades individuais dos cidadãos, pela limitação do poder e pela submissão de todos, sem distinção, às leis do país.

Nas comemorações, que aconteceram nas margens do Tamisa, no local onde o rei João Sem-Terra subscreveu o documento, Runnymede, estiveram presentes os mais altos representantes da Igreja Anglicana e da política do Reino Unido, com destaque para a Rainha Isabel II e o primeiro-ministro David Cameron.

No local foi inaugurado um pequeno monumento e Cameron sublinhou, no seu discurso, o significado único da Magna Carta:

“A limitação do poder executivo, a garantia de acesso à justiça, a convicção de que deve existir algo chamado estado de direito, de que não se pode ser preso sem julgamento – a Magna Carta criou a ideia de que devíamos estabelecer essas regras por escrito e viver de acordo com elas. Pode parecer, nos dias de hoje uma coisa pequena. Mas, nesse tempo, foi algo de revolucionário, alterando de uma vez para sempre a relação de poder entre o governo e os que são governados.”

Para além desta celebração, este aniversário está a ser assinalado por seminários, espetáculos musicais e uma exposição muito especial na BritishLibrary, onde estão em exibição as quatro cópias que ainda sobrevivem do documento assinado há 800 anos.

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