“Apenas as funcionárias casadas que tenham trabalhado para a empresa há mais de um ano podem candidatar-se a um lugar no calendário de planeamento de nascimentos“. Esta é a mensagem de uma circular distribuída numa empresa chinesa, citada pela Agence France Presse, e que está a criar uma enorme controvérsia apesar de a empresa em causa dizer, agora, que se tratava apenas de um rascunho sujeito a opiniões dos funcionários.

Um portal noticioso publicou uma fotografia do documento, escreve a AFP, onde se lia que “a funcionária deve cumprir rigorosamente o plano de nascimentos assim que este é aprovado”.

E se isso não acontecer? É simples: “Quem engravidar em desrespeito deste plano, de forma a afetar o trabalho, será multado em 1.000 yuan”, isto é, cerca de 150 euros. Além disso, quem violar a regra deixará de ser considerada pelas chefias como uma hipótese para promoções na hierarquia. E mais: se o facto de estarem grávidas prejudicar o trabalho, os bónus do final de ano serão retirados.

A empresa em causa é uma instituição financeira – em rigor, uma cooperativa de crédito – em Jiaozuo, na província de Henan.

A Agence France Presse cita algumas das críticas que se seguiram à publicação da carta. Uma delas foi escrita em editorial pelo jornal China Youth Daily: “A empresa não olha para os funcionários como seres humanos, mas sim como ferramentas numa linha de produção”.

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