No fim de semana em que os Estados Unidos celebraram o dia da independência (4 de julho), 10 pessoas morreram só em Chicago e 55 ficaram feridas. Entre as vítimas mortais está Amari Brown, uma criança de sete anos que foi baleada no peito enquanto assistia ao fogo-de-artifício.

De acordo com o Chicago Tribune, a polícia acredita que o alvo do disparo era o pai do menino, membro de um gangue. Outra das vítimas menores foi Vonzell Banks, de 17 anos, que na sexta-feira estava a jogar basquetebol no parque Hadiya Pendleton, nome dado em homenagem a uma estudante de liceu que tinha sido baleada mortalmente em 2013.

Todos os anos, as más notícias repetem-se. No ano passado, 82 pessoas foram baleadas no fim de semana do 4 de Julho, 16 das quais mortalmente. Os incidentes ocorreram sobretudo no sul e oeste da cidade, consideradas zonas pobres.

Para o superintendente Garry McCarthy, o surto de violência mostra que ter mais agentes nas ruas não é tão eficaz na prevenção de tiroteios como seria uma lei de controlo de armas. E para McCarthy, as leis do Estado do Illinois para crimes com armas são demasiado leves. É que, apesar de este ano se terem verificado menos mortos e feridos, no ano passado o 4 de Julho foi uma sexta-feira e não um sábado, ou seja, o fim de semana de festejos foi prolongado.

“Se acreditam que colocar mais policias na rua poderia fazer com que os resultados fossem diferentes, vejam que colocámos mais um terço de homens nas ruas para este fim de semana”, disse. “Qual foi o resultado? Temos mais armas. Bem, isso é ótimo. Mas não está a acabar com a violência”, sublinhou, para logo acrescentar: “E isso não vai parar a violência até os criminosos sejam responsabilizados e que algo seja feito para conter o fluxo dessas armas na nossa cidade.”

À CNN, o superintendente Garry McCarthy lembrou que o pai da criança de sete anos assassinada já tinha sido detido 45 vezes. “Se ele estivesse detido, o filho estaria vivo”, lembrou.

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