“Até hoje vi reações, li declarações heróicas, mas ainda não ouvi nenhuma proposta alternativa”. Alexis Tsipras tentou reunir com todos os membros do Syriza na terça-feira, véspera da votação, e aos presentes disse que “o partido deve refletir a sociedade”. Ou seja, as linhas de orientação daquele partido de esquerda não podem chocar com o desejo dos gregos de permanecerem na zona euro.

“O Syriza, enquanto partido, (…) deve abarcar as preocupações e as expectativas das pessoas que nele depositaram esperança”, considerou o responsável grego, de acordo com um membro presente no encontro que conta a história à Reuters.

Tsipras disse ao partido que tinha como objetivo selar o acordo de resgate, o qual podia dar à Grécia até 86 mil milhões de euros de forma a reforçar as finanças e afastar uma possível saída da zona euro. O primeiro-ministro grego tem enfrentado críticas no partido por causa de medidas como o aumento de impostos ou os cortes nas despesas. As medidas exigidas que vão a votação esta quarta-feira, são a condição dos credores para a abertura de negociações sobre um novo acordo de resgate.

O governo grego recebeu 7,2 mil milhões de euros do empréstimo intercalar dos credores internacionais, dinheiro que gastou a pagar aos credores. Alexis Tsipras tem agora de conseguir que o Parlamento aprove as condições do acordo que assinou com os credores internacionais.

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