O Egito prolongou hoje por três meses o estado de emergência em partes da península do Sinai, após um atentado bombista reivindicado pelos ‘jihadistas’ do Estado Islâmico ter ferido 18 polícias na região destruída pelos rebeldes.

O atentado ocorreu numa estrada perto de El-Arish, a capital da província do norte do Sinai, onde o exército está a combater elementos do grupo extremista Estado Islâmico (EI), de acordo com responsáveis da segurança, que indicaram que os agentes policiais estavam de licença. Um responsável do ministério da Saúde egípcio, Tarek Khater, precisou que os feridos se encontram estabilizados num hospital militar da cidade. A afiliada egípcia do EI reivindicou a autoria do atentado.

“Depois de o Governo ter prolongado o estado de emergência e o recolher obrigatório em El-Arish, soldados do califado conseguiram fazer explodir um autocarro que transportava um grupo de agentes da polícia apóstata”, afirmou o grupo em comunicado divulgado em contas da rede social Twitter ligadas ao EI.

As forças de segurança egípcias têm sido frequentemente alvo de ataques reivindicados pelos ‘jihadistas’ do EI no norte do Sinai desde que os militares derrubaram o Presidente islâmico Muhamed Morsi, em 2013. O primeiro-ministro egípcio, Ibrahim Mahlab, disse no sábado à noite que o prolongamento do estado de emergência pela terceira vez era necessário devido à “perigosa situação da segurança”.

O estado de emergência foi inicialmente declarado em algumas zonas da península em outubro de 2014, após a morte de 30 soldados num atentado perto de El-Arish. A região é um bastião do grupo ‘jihadista’ Província do Sinai que, em novembro, jurou lealdade ao EI. Centenas de polícias e soldados egípcios morreram em ataques. As Forças Armadas afirmam ter matado mais de 1.000 ‘jihadistas’ no Sinai desde que Morsi foi deposto.

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