54 anos depois do corte de relações diplomáticas, a bandeira norte-americana voltou a ser hasteada em Cuba. John Kerry, Secretário de Estado norte-americano, participou e agradeceu a todos os presentes, reabrindo a embaixada do seu país em Cuba, lembrando que “o povo cubano seria melhor servido por uma democracia genuína, onde as pessoas são livres de escolher os seus líderes”.

“Está na altura de desfraldarmos as nossas bandeiras e fazer o mundo saber que desejamos bem uns aos outros”

Muitos cubanos assistiram de perto a este momento, alguns até trajando a rigor com estrelas e riscas. “Este momento simboliza o reatamento das relações diplomática entre os dois países, 54 anos depois”, disse o líder da diplomacia norte-americana – o primeiro a pisar o solo cubano desde há 70 anos. A embaixada cubana em Washington reabriu no mês passado.

“As nossas políticas do passado não conduziram a uma transição democrática em Cuba. Seria pouco realista esperar que a normalização de relações tenha um impacto transformador a curto prazo”, indicou Kerry, sublinhando ainda que a administração do Presidente Barack Obama é “fortemente favorável” ao levantamento do embargo norte-americano imposto a Cuba (em vigor desde 1962).

No entanto, os problemas entre os dois países subsistem. No dia do seu 89º aniversário, Fidel Castro falou em reparações que os Estados Unidos devem a Cuba no valor de “milhões de dólares”. E os cubanos que imigraram para o Estados Unidos devido à pressão em Cuba, condenam estas manobras da diplomacia, temendo que isto beneficie o regime de Havana.

Para já, a administração Obama disse que o embargo se vai manter nalgumas áreas, embora estejam a ser estudados alguns setores estratégicos que terão mais abertura comercial entre os dois países.

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