A Grécia deve aplicar “rapidamente” o que foi acordado com os credores para o terceiro resgate ao país, declarou, esta sexta-feira, o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, no primeiro conselho de ministros do seu segundo mandato.
“É necessário aplicar rapidamente o que acordámos com os credores (União Europeia e Fundo Monetário Internacional) para completar a primeira avaliação do programa e começar a discutir a redução da dívida”, afirmou Tsipras.
Quatro dias após a sua vitória nas eleições legislativas, a segunda em oito meses, Tsipras insistiu na necessidade “de reestruturar a dívida para que ela se torne sustentável” e para restabelecer “a competitividade da economia”. A outra prioridade do governo é “a recapitalização dos bancos para assegurar liquidez”, disse.
O esquerdista Syriza foi reeleito no domingo com 35,4% dos votos e, sem uma maioria absoluta, Tsipras voltou a formar um governo de coligação com o partido da direita nacionalista Gregos Independentes.
A 13 de julho, Tsipras assinou um acordo com os credores para um novo empréstimo de 86 mil milhões de euros em três anos, que implica a continuação da austeridade. “A condição para o programa ter sucesso é garantir a coesão social”, indicou o chefe do governo grego, sublinhando que “não se deve regressar ao impasse das receitas neoliberais extremas”.
Tsipras comprometeu-se ainda a “lidar com o desemprego que está em níveis insuportáveis para a Europa”, com uma taxa que foi em junho de 25,2%.