A Volkswagen admite entregar veículos novos a quem comprou os carros com motor diesel que foram equipados com o kit fraudulento que permitia mascarar os níveis reais de emissões poluentes. Essa, segundo a Bloomberg, é uma das opções que estão em cima da mesa na preparação do “plano abrangente” que será apresentado até quarta-feira, 7 de outubro.

Poderá ser suficiente uma alteração do software, explicam fontes próximas do processo à agência noticiosa, mas a liderança da Volkswagen – agora encabeçada por Matthias Mueller – não exclui trocar os veículos em causa por novos. Seria uma medida extrema, mas possível, dizem as fontes citadas pela Bloomberg. Em causa estarão cerca de 11 milhões de carros em todo o mundo e 94.400 em Portugal, segundo a SIVA.

“Estamos a trabalhar tão rapidamente quanto possível para encontrar uma solução para os nossos clientes”, afirmou um porta-voz da Volkswagen, na Alemanha, sem comentar medidas específicas que estarão em cima da mesa. “Assim que tivermos uma solução dessa natureza, iremos rapidamente comunicar” aos clientes e aos investidores, esclareceu Eric Felber.

A solução poderá depender de caso para caso, diz a Bloomberg. Os motores mais poderosos, de 2.000cm3, já vêm equipados com um sistema que poderá permitir que uma atualização de software seja suficiente. Mas os motores mais pequenos podem ter uma solução mais difícil, já que a forma como estes são construídos leva a que os resíduos sejam queimados dentro do motor, o que afeta a economia de combustível.

O escândalo da Volkswagen começou nos EUA mas rapidamente se percebeu que tinha sido vendido na Europa um número elevado de automóveis com o kit fraudulento. Os carros que foram equipados com o motor EA 189 foram vendidos entre 2009 e 2015. Os novos modelos já respeitam a regulação Euro 6, garante o grupo alemão.

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