A Grécia chegou a acordo com os credores sobre as reformas que faltavam para a execução do terceiro programa, avançou o ministro das Finanças grego, Euclid Tsakalotos, citado pela Reuters. “Houve um acordo sobre todos os processos…sobre tudo o que era pedido”, adiantou o ministro aos jornalistas, depois de ter reunido com representantes de instituições europeias e do Fundo Monetário Internacional (FMI). 

A 9 de novembro, os ministros das Finanças da zona euro não aprovaram o desembolso da tranche de dois mil milhões de euros que estava bloqueada desde outubro, por falta de progressos na execução do terceiro programa. Com o acordo agora alcançado, os dois mil milhões serão agora transferidos, e ficarão também disponíveis os 10 mil milhões de euros que servirão para recapitalizar os quatro principais bancos do país. 

O governante grego referiu que o acordo permitia que o Parlamento da Grécia ratificasse as reformas necessárias e que, na sexta-feira, o grupo de trabalho europeu aprovasse o documento. Só depois de cumprir com todas as metas do programa é que o governo grego pode começar a conversar com as instituições financeiras sobre o alívio da dívida grega. 

Os primeiros desentendimentos entre as instituições tiveram a ver com hipotecas. O governo queria que pelo menos metade dos proprietários com prestações em falta ao banco conseguisse manter as suas casas, mas não foi bem-sucedido.

Fonte do Governo grego tinha dito anteriormente que o acordo permitiria proteger cerca de 60% das hipotecas das residências principais. Segundo os dados do banco central, 400 mil proprietários terão prestações em falta ao banco. 

Cerca de 25% das pessoas desse grupo, que são famílias que estão abaixo da limiar da pobreza, ficam protegidas. As restantes ficam protegidas durante três anos, desde que reestruturem as dívidas que têm com os bancos.

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