A indústria da aviação fechará 2015 com um lucro superior ao previsto, de 30 mil milhões de euros (33 mil milhões de dólares), graças à descida do preço do petróleo e ao aumento do número de passageiros, segundo a IATA.

De acordo com a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), a aviação terá em 2015 o segundo ano consecutivo de lucros, tendo ainda assim aumentado a previsão feita em junho, de fechar o ano nos 26,6 mil milhões de euros (29,3 mil milhões de dólares).

“A nossa perspetiva para este ano subiu para os 33 mil milhões de dólares de lucro”, anunciou o presidente da IATA, Tony Tyler, em conferência de imprensa a decorrer em Genebra, Suíça.

O crescimento de 90% face aos 17.300 milhões de dólares, valor recorde alcançado em 2014, resulta sobretudo da redução dos custos operacionais, resultante da descida do preço do petróleo.

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Além deste fator, o presidente da IATA destacou ainda o ritmo de crescimento mais acelerado do que o previsto da zona euro e do desempenho “notável” da América do Norte, que permitiu compensar o exercício dececionante na América Latina e a desaceleração da China.

Cerca de metade do lucro do setor aéreo provém das operações da aviação comercial na América do Norte.

Neste âmbito, as previsões para 2016 antecipam que a indústria da aviação possa alcançar um lucro de 33,2 mil milhões de euros (36,3 mil milhões de dólares), acrescentou Tyler, citado pela agência EFE.

“Finalmente, depois de anos de destruição de capital, estamos no nível mínimo de rentabilidade que qualquer investidor esperaria, mas com um lucro inferior a dez dólares por passageiro, a rentabilidade ainda é ainda frágil”, declarou Tony Tyler.

A IATA — que representa 260 companhias aéreas, entre as quais a TAP, responsáveis por 83% do tráfego aéreo — antecipa um aumento de 6,9% no número de passageiros em 2016, em linha com o crescimento em 2015, e um de 3% nas operações de transporte de carga.