Mikhail Khodorkovsky, dissidente russo e um dos principais oposicionistas ao Presidente Vladimir Putin, afirmou hoje que admite solicitar asilo político ao Reino Unido, depois de Moscovo ter emitido um mandado de detenção internacional.

Outrora um dos russos mais ricos, mas que esteve detido durante 10 anos depois de cair em desgraça junto de Putin, Khodorkovsky disse à BBC que o líder da Federação Russa continua a vê-lo como uma ameaça. “Decididamente, estou a considerer solicitar asilo ao Reino Unido”, afirmou o crítico do Kremlin, que já passa muito do seu tempo em Londres.

“Sou considerado pelo Presidente Putin como uma ameaça, economicamente, devido à possível apreensão de bens russos no estrangeiro, e politicamente, como alguém que pode potencialmente ajudar candidatos democratas nas próximas eleições de 2016”, argumentou.

A justiça russa acusou Khodorkovsky, um antigo magnata do petróleo, de 52 anos, no início deste mês, de organizar o assassínio de um dirigente autárquico na Sibéria, em 1998.

Vários críticos do Kremlin têm morrido em circunstâncias misteriosas nos últimos anos, incluindo em Londres, onde o ex-espião Alexander Litvinenko foi assassinado por envenenamento, mas Khodorkovsky minimizou os riscos de ser assassinado. “A história das mortes de opositores deste regime é impressionante (…), mas estive na cadeia durante 10 anos. Poderia ter sido assassinado qualquer dia de forma fácil. Em Londres sinto-me muito mais seguro do que durante esses anos”, declarou.

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