A Universidade do Texas, em Austin, vai começar em junho a digitalizar o arquivo pessoal completo do escritor e Prémio Nobel da Literatura colombiano, Gabriel Garcia Márquez, para o tornar público, informou a instituição na terça-feira.

A digitalização é um projeto que vai levar 18 meses, designa-se “Compartilhar ‘Gabo’ (diminutivo do nome do autor) com o mundo” e foi viabilizado por um donativo da organização sem fins lucrativos Conselho em Recursos Livreiros e de Informação, sedeada em Washington.

Pretende-se assim que no final de 2018 o legado de García Márquez esteja acessível a todos: 24 mil páginas em documentos (manuscritos, fotografias, guiões, cadernos e cartas) que se encontram guardadas em 78 caixotes no Centro Harry Ransom, em Austin.

O diretor deste Centro, Stephen Enniss, qualificou o projeto de “relevante”, ao observar que existem “poucas oportunidades para os investigadores de acederem a arquivos digitalizados de autores contemporâneos”.

A Universidade do Texas adquiriu este arquivo, por dois milhões de euros, à família do escritor, em novembro de 2014, sete meses depois do seu falecimento na Cidade do México.

Em outubro de 2015 o material foi disponibilizado para investigadores, enquanto uma pequena seleção foi colocada à disposição do grande público, através da página do Centro Harry Ransom na internet, aqui.

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