Em declarações à agência Lusa, José Manuel Silva considerou que a medida, a ser tomada de forma transitória, “não é um benefício particular para os médicos”, mas sim o colmatar de “uma necessidade dos doentes”.

“Temos um governo preocupado em encontrar uma solução justa, que permita, no imediato, dar médico de família a todos os cidadãos portugueses. Saudamos a medida. É positiva, justa e é transitória, só é necessária transitoriamente e durante um prazo muito reduzido”, afirmou José Manuel Silva.

A edição de hoje do Diário de Notícias revela que o Ministério do Saúde quer fazer uma proposta aos clínicos para regressarem aos hospitais e centros de saúde, que lhe permite a possibilidade de acumularem a pensão de reforma com um salário.

De acordo com o jornal, o Ministério da Saúde está a trabalhar com os responsáveis das Finanças para tentar que, sobretudo na área da medicina familiar, não se acentue a falta de profissionais, já que esta é uma das especialidades mais afetadas — só em cinco anos reformaram-se 1.299 clínicos.

Segundo o bastonário, o país tem atualmente um défice de 600 médicos nos cuidados de saúde primários, situação que pode ser colmatada no curto prazo chamando os clínicos que se encontram reformados.

“Neste momento, o número daqueles que estão a tirar a especialidade é suficiente para compensar as necessidades do país. Estão garantidos em excesso no futuro, mas a curto prazo é necessária uma medida transitória, de dois/três anos, para cativar e atrair os médicos reformados”, concluiu.

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