O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, disse ao Jornal de Negócios que tem um pacote de apoios, no valor de 1.500 milhões de euros, para as empresas portuguesas que atuem nos setores transacionáveis, de base inovadora e que queiram expandir atividade para mercados externos.

São quatro as linhas de financiamento que o Governo quer criar em 2016 e uma delas, no valor de 80 milhões de euros, vai ser utilizada pela primeira vez no país, as linhas de capital reversivo.

Isto é, as instituições financeiras que vão gerir estas linhas entram com capital na empresa e assim a empresa consegue investir sem ter que se endividar. Depois, há um plano de saída em que há uma recompra desse capital pela empresa”, explicou o ministro Caldeira Cabral ao Jornal de Negócios.

O capital de risco também vai contar com uma linha própria de apoio, no valor de 400 milhões de euros. Os investidores privados (business angels) vão ter outra de cerca de 60 milhões de euros. O objetivo do Governo é estabelecer parcerias com investidores, conta o Negócios.

Os projetos que vão receber este apoio são escolhidos em parceria com investidores “que têm a capacidade de prever quais [os projetos] com maior probabilidade de sucesso”. O ministro explicou que se os investidores estiverem disponíveis para investir, o fundo de capital risco pode acompanhá-los e permitir que alavanquem a capacidade de investimento.

As linhas de crédito com garantia mútua, que permitem que o Estado seja o fiador destas empresas quando recorrem ao crédito bancário, vão contar com mil milhões de euros. Caldeira Cabral disse ao Negócios que “este é o momento certo” para os incentivos às empresas avançarem.

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