O juiz Sérgio Moro, que conduz as investigações de corrupção na petrolífera brasileira Petrobras, disse ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que ficou “comprovado o direcionamento de propinas (subornos) no esquema da Petrobras para doações eleitorais registadas” no Brasil.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, o parecer de Moro foi emitido num ofício enviado ao TSE em outubro do ano passado, mas divulgado apenas hoje.

Moro escreveu que seis “criminosos colaboradores” nas investigações da Lava Jato confirmaram que “recursos acertados no esquema” foram destinados para doações eleitorais “registadas e não registadas”.

O TSE solicitou um parecer de Moro porque apura supostas irregularidades cometidas na campanha de reeleição da Presidente Dilma Rousseff e do seu vice-Presidente Michel Temer, em resposta a ações apresentadas pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), maior partido da oposição.

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Desde que foi derrotado nas eleições de 2014, o PSDB protocolou quatro pedidos conta o Partido dos Trabalhadores (PT, no poder) no tribunal eleitoral.

O que envolveu este parecer de Moro, pede a investigação das doações feitas ao PT por empresas que têm contratos com a Petrobras e estão a ser investigadas na operação Lava Jato, outra investigação judicial que apura casos de corrupção no Brasil.

O PSDB também indicou, em outras ações, que o PT teria cometido abuso de poder político e económico nas eleições presidenciais de 2014.