O vencedor das eleições do passado domingo e Presidente de Governo em funções, Mariano Rajoy, está pronto para falar com todos os partidos políticos para conseguir formar um executivo. “A intenção é falar com todos os grupos políticos”, garantiu Soraya Sáenz de Santamaría, vice-Presidente de Governo e número dois de Rajoy, numa conferência de imprensa.

Porém, o PSOE continua a ser a maior prioridade para Rajoy, a quem bastaria juntar os deputados dos socialistas com os do Partido Popular para conseguir uma maioria dentro do parlamento. Porém, da parte do PSOE, os sinais são para já negativos.

Outra maneira para formar um Governo poderá ser através de uma coligação entre o Partido Popular, o Ciudadanos e outros partidos. Aqui, seria essencial o Partido Nacional Basco (que em 1996 foi umas peças-chave para a formação de um Governo de José María Aznar, embora se tenha mantido fora do executivo), a Coligação Canária e ainda a abstenção de pelo menos um deputado socialista na altura de votar uma solução de Governo no Congresso dos Deputados. Numa primeira votação, é preciso maioria absoluta. Numa segunda, que só acontece caso a primeira falhe, basta conseguir mais votos a favor do que contra, sendo para isto essencial que alguns deputados escolham abster-se.

Rajoy pretende que as conversas sejam feitas com “discrição, seriedade e rigor”, ao contrário daquilo que foram as negociações que se seguiram às eleições de 20 de dezembro do ano passado e que se arrastaram até ao início do mês de maio, a data limite para evitar as eleições que acabaram por acontecer no passado 26 de junho. Nesses seis meses de impasse político e negociações falhadas, houve pouco que não veio a público. Agora, Rajoy quer evitar repetir esse cenário a todo o custo.

Segundo o El Mundo, Rajoy tem assegurado aos seus interlocutores que, após os resultados de domingo, “o diálogo é um imperativo, abriu-se uma nova etapa para o consenso e para os acordos”.

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