“Artigos Portugueses”
Miguel Tamen
(edição aumentada, Lisboa, Assírio Alvim, 2015)

Sabe o que Pessoa queria dizer quando disse que “a minha pátria é a língua portuguesa”? Se julga que sim, este livro – numa nova edição – vai deixá-lo simultaneamente surpreso e divertido. Há também reflexões inesperadas sobre os Lusíadas, as Viagens na Minha Terra e a Cidade e as Serras.

“De Mal a Pior. Crónicas (1998-2015)”
Vasco Pulido Valente, selecção de Miguel Pinheiro
(Lisboa, Dom Quixote, 2016)

Toda a gente concorda que ninguém escreve tão bem como Vasco Pulido Valente. Mas esta antologia das suas crónicas dos últimos dezassete anos demonstra ainda outra coisa: que também pouca gente pensa tão bem como ele.

“Política e Pensamento”
Maria de Fátima Bonifácio, António Barreto
(Lisboa, Dom Quixote, 2016)

Os últimos cinquenta anos da vida portuguesa reexaminados na companhia de António Barreto, uma das pessoas que mais contribuiu para o seu estudo rigoroso. Inclui também grandes histórias da política democrática dos anos 70 e 80.

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“Situation de la France”
Pierre Manent
(Paris, Desclée de Brouwer, 2015)

O livro que é preciso ler para perceber o que se está a passar em França e na Europa. Manent parte da questão islâmica para explicar que o Estado liberal moderno encontrou os seus limites: “como é que os regimes políticos europeus podem acolher os costumes muçulmanos sem acabar por lhes dar força de lei ou quase-lei?”

“The Histories”
Tácito
(tradução de W.H. Fyfe, Oxford, Oxford World’s Classics, 2008)

A Oxford University Press publicou nos últimos anos novas traduções em inglês do maior historiador de todos os tempos depois de Tucídides. A história do “ano dos quatro imperadores” está cheia de aforismos e observações prodigiosas. Uma frase: “O imperador Otão não tinha força para impedir crimes; só tinha força para os cometer”.