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Será que é um bom colega de trabalho?

Este artigo tem mais de 5 anos

A pensar no regresso ao trabalho, reunimos 10 hábitos de um bom colega com a ajuda de duas especialistas na matéria. E para que não haja dúvidas, fizemos também um quiz.

Para perceber quais são as práticas de um bom colega de trabalho, o Observador consultou uma especialista em gestão de imagem e uma psicóloga clínica.
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Para perceber quais são as práticas de um bom colega de trabalho, o Observador consultou uma especialista em gestão de imagem e uma psicóloga clínica.

iStockphoto/g-stockstudio

Para perceber quais são as práticas de um bom colega de trabalho, o Observador consultou uma especialista em gestão de imagem e uma psicóloga clínica.

iStockphoto/g-stockstudio

É provável que os dias de férias já estejam longe, tal qual uma miragem disforme num deserto árido. Se para os miúdos chegou o regresso às aulas, para os graúdos é tempo de voltar ao escritório e aos projetos que ficaram por concluir. De uma forma ou de outra, o mês de setembro é sempre associado aos recomeços, pelo que nunca é tarde para chegar ao escritório e agir como um bom colega de trabalho, se não mesmo o melhor.

A pensar num ambiente laboral saudável — até porque, caso não se recorde, é capaz de passar perto de 2 mil horas por ano a trabalhar — reunimos alguns conselhos resultantes da conversa com Maria Duarte Bello, especialista em coaching e em gestão de imagem, e Filipa Jardim da Silva, psicóloga clínica da Oficina de Psicologia, bem como da consulta de vários artigos na imprensa internacional, da Forbes à Reader’s Digest.

Antes de ler os conselhos de quem percebe da matéria (seria como ver as soluções das palavras cruzadas antes de tentar completá-las), responda ao questionário feito com a ajuda da psicóloga consultada:

Cumprimente as pessoas e seja educado/a

Parece óbvio, mas a verdade é que nem todas as pessoas o fazem quando chegam, pela manhã, ao escritório. As razões para o silêncio e para a cara fechada podem ser muitas — talvez a noite tenha sido passada em branco ou o trânsito estivesse um caos –, mas Maria Duarte Bello faz questão de salientar que os comportamentos de cortesia, do dizer olá a exibir um sorriso durante o dia, é um modo de inclusão. “Quem vem de fora sente-se mais incluído e querido no grupo. É uma questão de boa vizinhança”, assegura. Ainda na mesma lógica, a especialista em coaching sugere encontros fora do local de trabalho de modo a estimular confiança e empatia e, ainda, tratar as emoções alheias com muito carinho — nada de criticar as três semanas de férias do colega da frente, antes lamentar com ele o quão rápido passou o período de descanso.

Interesse-se pelos colegas

Segundo um artigo publicado pela Forbes em 2013, costuma ser boa ideia ficar a conhecer um pouco da vida e interesses dos colegas — vai na volta há imensas coisas em comum –, pelo que o conselho implica passar as pausas do café ou do almoço a conversar com as pessoas em redor. É que além de ajudar a criar uma boa rede de contactos interna, acaba por ser também um momento de descontração num dia de trabalho intenso.

A Reader’s Digest, por sua vez, recomenda que as pessoas aprendam a arte de fazer conversa — caso seja péssimo nisso, pode sempre passar os olhos por este artigo. Sobre isso, Maria Duarte de Bello deixa um aviso: é preciso ponderar o que é importante, isto é, fazer conversa sobre assuntos que sejam relevantes para os outros, para não correr o risco de aborrecer o colega com quem estamos a falar. E, já agora, um dos elementos mais importantes da conversa é a escuta, o que nem sempre é fácil de se conseguir: já antes a locutora Carla Rocha explicou ao Observador a diferença entre ouvir e escutar, admitindo que muitas vezes não ouvimos o outro por estarmos preocupados a pensar na resposta que vamos dar e, ao mesmo tempo, a emitir juízos de valor.

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Aproveitar as pausas para conhecer os outros é bom e recomenda-se. (foto: iStock)

Peça opiniões

“No fundo, para termos boas relações com os colegas é muito importante ter esta flexibilidade”, diz Filipa Jardim da Silva que destaca o ato de pedir opiniões ou perspetivas de terceiros como uma ferramenta para consolidar o trabalho em equipa. O truque é estarmos disponíveis para pedir e dar opiniões, sempre pondo de lado a ótica de quem está certo ou errado e tendo como foco a aceitação da diferença. A isso acrescenta-se que pedir conselhos a alguém faz essa pessoa sentir-se validada e reconhecida. “Ao fazê-lo estamos a dizer que a contribuição da outra pessoa é relevante.”

Este é o pior colega que pode ter no local de trabalho

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No final de 2015, o Observador dava conta de um estudo conduzido pela Harvard Business School que analisou dados de 50 mil empregados de 11 empresas para detalhar o perfil do “colega tóxico”. Os investigadores deram destaque às seguintes características:

  • ao contrário do que se possa pensar, os colegas dito tóxicos podem ser funcionários altamente produtivos, até mais do que um trabalhador normal;
  • são empregados tendencialmente mais egoístas, que têm outras pessoas em menor consideração;
  • e podem ter uma confiança excessiva nas suas capacidades.

Ofereça ajuda

Oferecer ajuda pode ser uma boa forma de fortalecer uma relação individual, mas é preciso ter cuidado quando a fazê-lo — não vale oferecer préstimos à frente de toda a gente como que num claro esforço de exibição, diz a Forbes, e também não vale assumir o papel de mártir depois de se ter voluntariado para ajudar alguém. Mais do que isso, é preciso saber quem se está a tentar ajudar, uma vez que tal pode ser mal encarado.

Aceite críticas construtivas

Parece uma coisa óbvia mas nem sempre é fácil ouvir uma crítica, pelo que o fundamental é usar uma comunicação assertiva e clara quando a fazê-lo. “O que muitas vezes mina um local de trabalho é aquilo que não é dito ou que é mal dito”, assegura Filipa Jardim da Silva, para quem este é um dos principais motivos que ajudam a explicar a existência de tensão no local de trabalho. As críticas construtivas são, então, úteis para o crescimento individual (e, já agora, coletivo), mas precisam de ser bem feitas: “Criticar construtivamente é criticar concretizando a nossa mensagem [que não deve ser dita de uma forma abstrata], nunca perdendo de vista que o que estamos a fazer é dar uma outra perspetiva.” Dito isto, nem sempre é necessário chegar a um entendimento de ambas as partes, o essencial é manter uma mente aberta.

Fique longe dos mexericos

Esta é difícil, não é? Às vezes comentar isto ou aquilo de alguém pode ser mais forte do que nós, como se um impulso se apoderasse da nossa boca e ordenasse que esta falasse sem pensar. Acontece que os mexericos são considerados uma perda de tempo, além de que intoxicam o local de trabalho. “A partir do momento em que os mexericos não têm um fim construtivo, são irrelevantes”, diz a psicóloga consultada. É que tal pode formatar a forma como vemos a pessoa de quem estamos a falar, sem que uma segunda hipótese seja dada. Além do mais, há sempre o ditado popular para salvar o dia: nas costas dos outros vemos as nossas, não é?

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Mexericos? Nem pensar. (foto: iStock)

Assim se comunica no escritório

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A comunicação no local de trabalho é de extrema importância, pelo que o Observador consultou Carla Rocha, autora do livro “Fale Menos Comunique Mais”, em maio deste ano. A locutora deixou, à data, cinco estratégias para que uma pessoa consiga comunicar melhor:

  • seja mais assertiva/o;
  • pare para escutar;
  • opte pela simplicidade da mensagem;
  • conte mais histórias;
  • tenha atenção à linguagem corporal.

Tenha uma atitude positiva face ao que não conhece

Num qualquer escritório é particularmente frequente pensar-se que a equipa do lado não trabalha tão afincadamente como a nossa — ou que tira mais folgas ou que até goza de maior simpatia junto das chefias. Esta forma de pensar é, tal como o tradicional corte e costura, tóxica. O importante é uma pessoa manter-se otimista até prova em contrário e não entrar numa espiral de negativismo, implementando uma postura mais construtiva e positiva ao longo do dia.

Responda a telefonemas e e-mails em tempo útil

Preto no branco, retribuir e responder em tempo útil a telefonemas e a e-mails é uma forma de demonstrar respeito pelo outro e pelo seu trabalho. Mas é também uma forma de responsabilização. E o que se entende por tempo útil? “Não é preciso responder na hora. Tempo útil significa até amanhã. Até ao dia seguinte está perfeito”, garante Maria Duarte Bello. Esta é também uma bela forma de fazer amigos no local de trabalho, até porque nada é mais frustrante para pessoas extremamente ocupadas do que ver os seus e-mails e mensagens ignoradas, tal como escreve a Reader’s Digest. O silêncio de uma das partes apenas dificulta o trabalho num todo.

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Pois, para responder aos e-mails tem de usar o teclado. (foto: iStock)

A má educação também existe no local de trabalho

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Estávamos em setembro de 2015 quando o jornal britânico The Telegraph fez uma lista das coisas que não deve fazer no local de trabalho:

  • ter hábitos de higiene pessoal duvidosos;
  • dizer palavrões;
  • ser forreta;
  • não largar o smartphone quando fala com outras pessoas;
  • gabar-se do salário;
  • não atribuir crédito ao trabalho alheio;
  • agir com superioridade;
  • ter um comportamento passivo-agressivo;
  • falar por cima das pessoas;
  • não respeitar as regras de etiqueta da troca de e-mails.

Chegue a horas ao trabalho

É sinal de respeito e de compromisso para com os colegas e, em última análise, para com a empresa. “Muitas vezes um indicador de desmotivação são os atrasos, mas também o absentismo e presentismo”, garante a psicóloga. E o que se entende por presentismo? “É um fenómeno que nos últimos anos tem feito muitas empresas perder dinheiro. É quando uma pessoa está lá fisicamente, a cumprir mais ou menos o seu horário, mas está distraída, emocionalmente não está bem”, continua. À falta de produtividade de um funcionário nestas circunstâncias soma-se o inevitável mal-estar de um escritório.

Seja humilde

Ter uma postura de humildade no trabalho é equivalente a ter uma postura de respeito pelo outro e pela diferença, assegura Filipa Jardim da Silva, que salienta que humildade não é sinónimo de passividade. “Muitas vezes a humildade é interpretada como falta de segurança, mas não é sinónimo.”

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