O antigo secretário-geral do PS António José Seguro congratulou-se esta sexta-feira com a escolha de António Guterres para secretário-geral da ONU, sublinhando que é um homem que “leva quase tudo pela frente” quando se dedica a causas.
Conheço bem, porque trabalhei com ele durante muitos anos, as suas qualidades humanas e sei que, quando se dedica a causas, leva quase tudo pela frente”, referiu Seguro, em Guimarães, à margem de uma conferência sobre “Transparência e Reforma Eleitoral”.
Classificando António Guterres como “a pessoa certa” para a liderança da ONU, Seguro adiantou que a sua eleição é “um momento de esperança para a cena internacional”, numa altura em que “o mundo vive uma situação muito complexa”, com demasiadas crises”.
Mas ele [Guterres] tem força, determinação e convicções e é isso que faz com que a sua eleição seja um momento de esperança para a cena internacional”, realçou.
Seguro manifestou-se convicto de que o “humanismo” e a “profunda solidariedade” serão as marcas que o antigo primeiro-ministro deixará nas Nações Unidas.
Tenho a certeza de que as Nações Unidas vão ter muito orgulho no seu trabalho, na sua capacidade de mobilizar consensos e de criar movimentos no sentido de prevenir conflitos e, nalguns casos, de os poder resolver”, acrescentou.
Por isso, e como amigo, português e cidadão do mundo, Seguro desejou “as maiores felicidades” a Guterres.
Neste momento, o que nos lhe desejamos é que vá numa boa hora, isto é, que tenha todas as condições para promover consensos e unidades”, rematou.
Depois de ter falado em Guimarães, António José Seguro voltou a falar de António Guterres e das tarefas que ele terá pela frente como secretário-geral das Nações Unidas. “Guterres não será um secretário administrativo, será um SG de iniciativa. De iniciativa junto do Conselho de Segurança, não ignorando ou torneando os problemas mais difíceis da vida internacional; de iniciativa junto das partes em conflito; e de iniciativa junto das pessoas mais vulneráveis ou em dificuldades”, escreveu.
O ex-secretário-geral do PS escreveu também que “não se espera de António Guterres qualquer milagre, apenas que ele seja igual a si próprio”.
O Conselho de Segurança da ONU escolheu quinta-feira, por unanimidade e aclamação, o antigo primeiro-ministro português António Guterres como secretário-geral da organização.
A escolha do Conselho de Segurança, o principal órgão decisório das Nações Unidas, deverá agora ser ratificada pela assembleia-geral da organização.