O Palácio de Buckingham, em Londres, vai entrar em obras de reabilitação. Os trabalhos na residência oficial da realeza britânica são considerados urgentes, vão prolongar-se por dez anos e custarão, ao todo, cerca de 428 milhões de euros aos cofres públicos.
O palácio já não tem grandes obras de reabilitação desde meados da década de 1950 e, de acordo com um diagnóstico feito no verão do ano passado, é preciso substituir grande parte da canalização, da rede elétrica e do chão, além de milhares de tomadas, casquilhos, radiadores e louças sanitárias. Nessa altura as estimativas apontavam para custos a rondar os 150 milhões de libras (sensivelmente 174 milhões de euros), mas o governo de Theresa May aprovou esta semana um valor duplamente superior.
Os trabalhos serão financiados pelos contribuintes britânicos através do fundo pago anualmente à família real. Todos os anos a rainha Isabel II recebe 15% dos lucros obtidos através das propriedades da Coroa, que são geridas pelo Estado. Entre 2017 e 2027, altura em que vão decorrer as obras em Buckingham, a transferência será de 25%.
“Levamos muito a sério a responsabilidade que vem de recebermos estes fundos públicos”, disse Tony Johnstone-Burt, em representação da rainha, ao jornal The Telegraph. “Estamos convencidos de que, ao fazer agora estes investimentos, evitamos um colapso potencialmente catastrófico do edifício nos próximos anos.”
Nenhum membro da família real será obrigado a mudar de alojamento e o palácio continuará aberto durante esse período.