O ataque de setembro contra um comboio de ajuda humanitária da ONU perto da cidade de Alepo foi perpetrado por ar, segundo a comissão de inquérito das Nações Unidas, que não conseguiu identificar os responsáveis.

O anúncio foi feito na quarta-feira pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, depois de receber o relatório dos peritos, que assinalam que as forças pró-regime sírias, a Rússia e a coligação liderada pelos Estados Unidos têm capacidade para realizar aquele ataque.

Os investigadores sublinham que é “muito pouco provável” que a coligação estivesse envolvida e dizem ter recebido informações que apontam para as forças pró-regime sírias, mas não conseguiram chegar a uma conclusão definitiva.

A 19 de setembro, 18 dos 31 camiões que compunham o comboio humanitário da ONU foram atingidos por bombardeamento e morreram várias pessoas, o que levou a organização a suspender a distribuição por um dia de ajuda na Síria.

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Na sequência do ataque, a ONU criou uma comissão de inquérito para esclarecer o ataque aéreo, no qual morreram 18 pessoas. Washington atribuiu a responsabilidade do ataque a Moscovo, que negou qualquer implicação.

Segundo os investigadores da ONU, o comboio foi atingido por “vários tipos de munições lançadas desde um aparelho voador”.

A conclusão foi feita com base em análises de imagens de satélite e a partir do terreno, de vídeos e testemunhas e confirmada por informação disponibilizada pelos Estados-membros e entrevistas com outras pessoas que presenciaram o ataque.

Os peritos visionaram também imagens em que aparecia um veículo armado de um grupo rebelde, mas não encontraram evidências de pudesse estar envolvido.

Segundo Ban Ki-moon, a comissão de inquérito tem informações que indicam que é “altamente provável” que tenha sido a força aérea do regime sírio.