Os ministros do Interior do grupo de contacto do Mediterrâneo defenderam esta segunda-feira a necessidade de parar o fluxo migratório a partir da Líbia, ao largo da qual mais de 5.000 migrantes foram resgatados do mar desde domingo.

Anteriormente, fontes da guarda costeira que coordena os resgates naquela zona do Mediterrâneo tinham avançado que mais de 3.000 migrantes tinham sido salvos nas últimas 48 horas no canal da Sicília, entre o norte de África e Itália. Depois de uma dezena de dias, a guarda costeira italiana anunciou esta segunda-feira ter coordenado o resgate de 1.800 pessoas ao largo daquele país. A estes migrantes somam-se mais 3.300 que no domingo foram resgatados na mesma zona, perfazendo um total de chegadas a Itália de mais de 21.000 desde o início do ano, um forte aumento face aos anos anteriores.

“A atenção deverá agora estar concentrada nos esforços conjuntos para gerir melhor a situação no Mediterrâneo central. Isso requer ações eficazes”, refere uma declaração de intenções assinada pelos ministros do Interior de Itália, França, Alemanha, Áustria, Eslovénia, Suíça e Malta, do lado europeu, e Líbia e Tunísia, do lado africano, sem avançar detalhes.

Um ano depois do acordo com a Turquia para colocar fim à chegada à Grécia, a União Europeia tenta agora alcançar um acordo semelhante com a Líbia, uma situação agravada pelo caos existente no país e pelo impacto económico do tráfico dos migrantes em certas zonas costeiras. A emergência da imigração não tem cessado e o governo italiano calcula que, ao longo deste ano, cheguem a Itália 250.000 imigrantes, ou seja, mais 70.000 do que em 2016.

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