Verdadeiro ícone da Lotus, e, por associação de ideias, dos desportivos feitos em terras de Sua Majestade, o Elise vendeu já mais de 33 mil exemplares desde o seu lançamento, todos produzidos artesanalmente na não menos mítica fábrica de Hethel. Agora, o emblemático modelo da marca fundada por Colin Chapman foi sujeito a uma substantiva actualização, que permitiu renovar a estética exterior (e, ao mesmo tempo aprimorar a aerodinâmica), melhorar o interior e, principalmente, fazer jus aos princípios fundadores da Lotus, através de uma importante redução do seu peso.

São, pois, várias as melhorias que permitiram a todos os membros da renovada gama Elise terem perdido 10 kg. Desde logo, o novo painel frontal, com entradas de ar de maiores dimensões, não só garante uma maior agressividade visual, como é responsável por 8,7 kg desta “cura de emagrecimento” – a que há que juntar os 0,3 kg garantidos pelo novo painel traseiro, agora com apenas dois farolins, ao invés dos anteriores quatro, e luzes de marcha-atrás independentes.

No interior, o elemento que mais se destaca é o comando da caixa de velocidades com mecanismo à vista, estreado no Exige Sport 350, mas com design adaptado ao Elise, e o garante de menos 1 kg no peso total. No habitáculo merecem ainda referência a nova consola central, também ela semelhante à do Exige, o painel de instrumentos de novo desenho e o novo sistema de infoentretenimento.

Sprint: o regresso de uma sigla histórica

A renovação da gama Elise serviu, ainda, para a Lotus recuperar o nome Sprint, uma sigla histórica, utilizada por modelos como o Elan, e que aqui serve para identificar uma versão ainda mais ligeira do modelo, apta a alcançar um peso abaixo da fasquia dos 800 kg. Posicionado entre as versões Sport e Cup 250, o Elise Sprint incorpora, de série, um conjunto de componentes ultraleves, todos disponíveis como opção para o Elise Sport, que ajudam a assegurar a maior redução de peso sofrida pelo modelo desde a sua primeira geração.

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É o caso da bateria de iões de lítio (-9 kg), dos bancos em carbono (-6 kg), das jantes de liga leve forjadas (-5 kg) e da cobertura do capot, do compartimento do motor e do tejadilho em fibra de carbono, a que se junta o óculo traseiro em policarbonato, para assegurar mais 6 kg de redução ao peso total. Optando-se pelos opcionais discos de duas peças (-4 kg) e pelas embaladeiras em carbono, o Elise Sprint chega a um peso a seco de 798 kg, valor que se traduz numa relação peso/potência de referência e, a fazer fé nas palavras da Lotus (em que não é difícil acreditar…), numa extrema pureza de condução.

Tal como o Elise Sport, o Elise Sprint é disponibilizado com os motores 1.6 atmosférico com 135 cv e 160 Nm, e 1.8 sobrealimentado com 220 cv e 250 Nm. No primeiro caso, e na sua configuração mais ligeira, anuncia 5,9 segundos nos 0-98 km/h, prometendo cumprir o mesmo registo em 4,1 segundos na sua variante mais potente. A distingui-lo do Elise Sport tem ainda o painel traseiro em preto mate, as jantes pretas com ares contrastantes, as listas laterais, os logos específicos nos flancos e na traseira, as inserções coloridas nos bancos e o lettering Sprint bordado – podendo, em opção, dispor de revestimento interiores em Alcantara com costuras contrastantes.

Comuns a todos os Elise são o chassi com perfis de alumínio extrudido com apenas 68 kg de peso, o sistema de travagem com pinças dianteira AP Racing de duplo pistão e traseiras Brembo de pistão único, e as suspensões por duplos triângulos com amortecedores Bilstein e molas Eibach. A versão Elise Cup 250, prevista apenas para Maio próximo, mas já disponível para encomenda, recebe as mesmas melhorias do Elise Sprint, sendo, por isso, 23 kg mais leve do que a anterior.

Com chegada ao mercado agendada para Abril, o renovado Elise custa, na origem, cerca de 37 mil euros na versão Sport, 45 mil euros na variante Sport 220, 43 mil euros na versão Sprint e 51 mil euros na variante Sprint 220. O Elise Cup 250 é proposto no seu mercado natal por, aproximadamente, 55 mil euros.