Filho da Mãe
19h45, palco Coreto by Arruada
Rui Carvalho é um dos nomes mais importantes da nova geração de guitarristas portugueses. E o final da tarde é uma das melhores alturas para Mergulho, um dos álbuns mais bonitos que ouvimos no ano passado. A técnica e o talento de Filho da Mãe poderão ser apreciados de perto no ambiente próximo e intimista do Palco Coreto, um detalhe importante porque é maravilhoso ver música desta a acontecer.
Spoon
20h10, Palco Heineken
A banda de Austin (Texas, EUA) pode gabar-se de ser uma das mais bem sucedidas do panorama indie rock. Em 24 anos de carreira produziram nove álbuns de estúdio e todos receberam boas críticas, são exímios a criar canções com guitarras que arranham sem ferir, equilibrando, como poucos, o rock e o experimental.
O mais recente LP saiu no passado mês de março, chama-se Hot Thoughts e será o centro das atenções, mas não deverão faltar outras pérolas do passado. Tem tudo para ser um grande concerto “best of” para satisfação dos fãs e para surpreender quem ainda não os conhece. Nunca é tarde.
Fleet Foxes
21h40, Palco Heineken
Segue-se na agenda do dia e do palco o quinteto de Seattle (EUA), banda de indie folk com 11 anos de história com uma interrupção pelo meio. É a segunda vez que atuam em Portugal, a primeira foi também no Alive, em 2011. Desde então muita coisa mudou, Joshua Tillman saiu e transformou-se em Father John Misty e têm o álbum novo ainda quente — saiu há menos de um mês — que marca a mudança. Chama-se Crack-Up, tem recebido muito elogios — o Observador deu-lhe quatro estrelas — e poderá fazer deste concerto um dos mais aguardados desta edição do NOS Alive.
Depeche Mode
22h15, Palco NOS
Formada em 1980, a banda britânica volta a Portugal (e ao NOS Alive) com a digressão de apresentação de Spirit, o 14º álbum, editado no passado mês de março. Longe dos seus momentos mais brilhantes, os três membros fundadores (Dave Gahan, Martin Gore e Andy Fletcher) continuam a ser, sem discussão, cabeças de cartaz em qualquer palco. O peso da história e os vigorosos 55 anos do vocalista Dave Gahan continuam a manter viva uma das bandas mais importantes do movimento eletro-rock. A avaliar por este Spirit, a revolução continua, mas vamos ficar à espera que não se esqueçam dos sucessos do antigamente. Se assim for, temos espetáculo.
“10cotexas”
00h15, Palco NOS Clubbing
Soul, funk, disco. “10cotexas” ou The Discotexas Band ou as duas coisas numa só, que dez anos passam a correr mas devagar o suficiente para que muita coisa importante mereça ser recordada. Esta nova banda junta os fundadores da Discotexas, Luís Clara Gomes e Bruno Cardoso, com Teresa Sousa. Ou seja, Moullinex, Xinobi e Da Chick prometem passar em revista as linhas mais importantes do catálogo da editora portuguesa. Este espetáculo insere-se numa programação especial, 100% portuguesa, com curadoria da Match Attack. Vai ser uma festa.
The Avalanches
1h10, Palco Heineken
A banda australiana são um fenómeno raro, um fantasma que paira na memória de muitos, uma espécie de sarna. Isto porque na viragem do milénio fizeram o primeiro álbum (Since I Left You, 2000), um alinhamento de 18 temas construídos a partir de milhares de samples que é considerado, ainda hoje, uma das obras mais importantes de sempre no género. Depois, desapareceram.
No ano passado, ou seja, 16 anos depois, regressaram com Wildflower e voltaram a ser colocados nos píncaros da música eletrónica. Não sabemos se Robbie Chater and Tony Di Blasi trazem companhia, mas seja como for, é um momento imperdível que vai fazer rebentar pelas costuras o palco alternativo. “Since I Left You”, o tema que deu o nome ao álbum de estreia (2000) não pode faltar. Não pode.
Cartaz completo e todas as informações sobre o NOS Alive aqui.