Cave Story

18h10, Palco NOS Clubbing

Eles vão apresentar-se a meio do concerto, dizendo, muito provavelmente: “Nós somos os Cave Story, uma banda de rock profissional das Caldas da Rainha”. Vão dizê-lo com a mesma emoção com que uma pessoa diz “bom dia” aos colegas do escritório no primeiro dia de trabalho após as férias, mas não é defeito. É feitio do melhor slacker rock que se faz por terras lusas. Em outubro do ano passado, lançaram o primeiro disco, West. Para quem não sabe nenhuma letra e quer fazer um brilharete no dia do concerto, aconselhamos “Richman”, que tem uma letra tão pequenina, mas que é tão grande.

if richman is god
we‘re saved, he must be king of them all

we will not bend our will
to the will, of the young tyrants

Savages

18h45, Palco Heineken

As Savages lançaram Adore Life em 2016 e também adoram Portugal, tal é a quantidade de vezes que já passaram por cá. As quatro mulheres vestidas de negro vão atuar ainda com a luz do sol, mas a escolha do palco secundário, mais intimista, é uma boa aposta. Sexta-feira é dia de trabalho, o trânsito vai estar complicado e nem todos vão conseguir chegar às 18h45. Pois deviam. Vai ser o melhor aperitivo para um dia onde a aposta vai para o rock. Ah, e sim, elas adoram tanto Portugal que o vídeo de “The Answer” foi gravado no Village Underground, em Lisboa.

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The Cult

20h30, Palco NOS

Olhando para o restante alinhamento, talvez não seja o festival ideal para os The Cult. Estará certamente longe de ser uma das bandas mais aguardadas do festival, e até do dia (há Warpaint e Pega Monstro ao mesmo tempo), mas… Caramba, são os The Cult, uma das maiores bandas britânicas dos anos 80, sobre a qual ainda se falará daqui a 10, 20, 30 anos. Dos Courteeners e dos Local Natives, nem por isso. Ouviremos Ian Astbury cantar “She Sells Sanctuary”, claro que sim, e, “Fire Woman”. Mas é preciso dizer que estes veteranos não estacionaram no tempo e lançaram um disco em 2016, Hidden City, que não é nada mau.

Carminho

21h40 (e antes, às 20h20), Palco EDP Fado Café

Há um festival de fado em Lisboa e no Porto mas, de resto, o fado costuma estar arredado dos festivais urbanos da moda. Num pequeno palco ao entrar da noite vai estar Carminho, provavelmente sem saia rodada, mas com o vozeirão e a alma que tão bem lhe conhecemos.

The Kills

22h05, Palco NOS

Estivemos divididos entre selecionar os The Kills (22h05) ou os Wild Beasts (21h40). Pondo lado a lado os concertos que já vimos de ambos, é certo que vamos estar em frente ao enorme palco principal a ver como apenas um par de músicos, Alison Mosshart e Jamie Hince, se agigantam. Como se fossem muitos mais a fazer (bom) barulho.

Foo Fighters

00h00, Palco NOS

Na noite de 7 de julho de 2011, uma banda chamada Foo Fighters atuou no palco principal do Alive. Nessa altura, o patrocinador ainda se chamava Optimus, nós éramos todos mais novos e o Dave Grohl, bom… Ele já tinha o pescoço daquele tamanho. Passaram seis anos e pouco mudou no som dos Foo Fighters, e é bom que haja bandas que não estão constantemente à procura de inventar a roda. Em setembro, a banda formada no ano em que Kurt Cobain morreu, 1994, lança o 9.º disco de estúdio, Concrete and Gold. No concerto que deram esta semana em Paris, estrearam uma música nova, “Dirty Water”. Teremos o mesmo mimo?

Parov Stelar

01h30, Palco Heineken

Por esta hora já se espera que esteja tudo a abanar o esqueleto (ou o que resta dele ao fim de oito horas de festival) ao som de eletrónica. Não falta no Clubbing, não faltará no Heineken às 03h com Floating Points (solo live). Mas antes há um austríaco chamado Marcus Füreder que enche qualquer palco de classe e bom gosto enquanto Parov Stelar. Dizem que faz eletro swing, e quem já viu no Alive em 2014 já sabe o que esperar. Dúvidas? É ouvir “Booty Swing”, por exemplo, e imaginar este swing de madrugada junto ao Tejo.

Cartaz completo e todas as informações sobre o NOS Alive aqui.