Sofreu ataques de todo o lado, mas defende agora que nunca quis atacar ninguém: André Ventura, candidato do PSD e do CDS à Câmara Municipal de Loures, destacou, num comunicado enviado às redações, que “nunca teve intenção de estimular ou aprofundar sentimentos de carácter racista ou xenófobo”.
O professor de Direito e comentador televisivo assegurou à publicação que está “preocupado com questões de segurança e cumprimento da lei, na defesa do património público e das pessoas de bem, independentemente da raça ou etnia”, negando assim qualquer tipo de discriminação racial, como foi defendido esta segunda-feira.
“Nada me move contra a comunidade cigana. De resto, ao longo da minha vida, sempre convivi bem com pessoas de várias raças e etnias e diferentes credos. Quando digo que somos tolerantes com algumas minorias, refiro-me a certos casos em que manifestamente a lei não é cumprida. A verdadeira discriminação é permitir que alguns não cumpram a lei, em detrimento daqueles que vivem com as regras do Estado de Direito“, explicou.
“Boa parte das pessoas que fica muito incomodada quando são denunciadas estas situações nunca se deslocou a algumas dessas zonas e não tem ideia do ‘barril de pólvora’ que lá se vive diariamente“, concluiu.
Na passada quinta-feira, a candidatura do Bloco de Esquerda à câmara de Loures, encabeçada por Fabian Figueiredo, já tinha apresentado uma queixa na Comissão pela Igualdade e Contra a Discriminação Racial, no seguimento de uma primeira entrevista concedida ao Notícias ao Minuto; esta segunda-feira, depois de uma entrevista ao jornal i, as reações chegaram da direita à esquerda, num caso que parece longe de estar concluído.