Os dois antigos presidentes norte-americanos George H.W. Bush e George W. Bush (pai e filho) apelaram esta quarta-feira aos Estados Unidos para “rejeitarem o racismo, o antissemitismo e o ódio sob todas as suas formas”, após a violência de Charlottesville.
O breve comunicado dos 41.º e 43.º presidentes dos Estados Unidos, de tom muito solene, surge pouco menos de 24 horas depois da onda de indignação desencadeada pelo atual Presidente, Donald Trump, que equiparou os grupos supremacistas brancos — um de cujos simpatizantes atropelou mortalmente uma mulher no sábado em Charlottesville — aos manifestantes antirracistas.
O Presidente Trump afirmou na terça-feira, durante uma conferência de imprensa caótica, que a responsabilidade pela violência ocorrida na cidade universitária da Virginia deveria ser procurada “dos dois lados”.
Trump: “Há culpa dos dois lados” nos atos de violência em Charlottesville
“Enquanto as nossas orações vão para Charlottesville, recordamos as verdades fundamentais consagradas na Declaração de Independência pelo mais eminente dos cidadãos dessa cidade (Thomas Jefferson): ‘Todos os homens nascem iguais; Eles são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis'”, escreveram pai e filho.
“Nós sabemos que estas verdades são eternas, porque somos as testemunhas da decência e da grandeza do nosso país”, concluíram.
Barack Obama, primeiro presidente negro dos Estados Unidos, reagiu no domingo à tragédia de Charlottesville num ‘tweet’ em que citava o grande resistente ao apartheid sul-africano Nelson Mandela.
O ‘tweet’ tornou-se hoje o mais popular da história da rede social Twitter, com 3,4 milhões de ‘likes’.
Charlottesville. Tweet de Obama já é o mais popular de sempre
Os dois outros presidentes norte-americanos vivos, Jimmy Carter e Bill Clinton, não reagiram até agora publicamente aos acontecimentos que chocaram parte dos Estados Unidos.