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Três furacões ativos: o que se sabe e o que esperar

Este artigo tem mais de 5 anos

Três furacões estão ativos no Atlântico e Golfo do México, um dos quais - o Irma, de categoria 4 -, já causou 19 mortes. Até ao momento, não há registo de vítimas portuguesas.

Imagem de quinta-feira. À esquerda o furacão Irma sobre as ilhas virgens britânicas e, à direita, o furacão Jose que se aproxima das Antilhas
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Imagem de quinta-feira. À esquerda o furacão Irma sobre as ilhas virgens britânicas e, à direita, o furacão Jose que se aproxima das Antilhas

NASA/WORLDVIEW

Imagem de quinta-feira. À esquerda o furacão Irma sobre as ilhas virgens britânicas e, à direita, o furacão Jose que se aproxima das Antilhas

NASA/WORLDVIEW

Numa altura em que três furacões se mantêm ativos no Atlântico Norte e no Golfo do México, o Irma é o que mais preocupa as autoridades. O furacão de categoria 4 — desceu de nível esta manhã– mantém ventos na ordem dos 300 quilómetros por hora e já é responsável por 19 mortes. O furacão José intensificou durante a noite e já subiu de categoria (4) esta sexta-feira à medida que se aproxima das Antilhas. O furacão Katia (categoria 2) continua à deriva no Golfo do México.

Há relatos de que pelo menos 19 pessoas morreram nas Caraíbas vítimas da passagem do furacão Irma: 9 nas Antilhas Francesas, 4 mortos nas Ilhas Virgens Americanas, 3 em Porto Rico, 2 em Barbado e 1 em Anguilla. É provável que o número de mortos suba nas próximas horas à medida que as autoridades percorrem as ilhas afetadas.

O secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, disse à TSF que até ao momento não há registo de qualquer pedido de ajuda por parte de cidadãos portugueses que estejam nas ilhas de São Bartolomeu e São Martinho. Em Cuba, cujos efeitos do furacão deverão começar a sentir-se em breve, os portugueses já foram transferidos para zonas seguras.

O furacão Irma baixou de intensidade para categoria 4 como se esperava (a velocidade do vento desceu para os 250 quilómetros por hora). Na manhã desta sexta-feira, o complexo sistema meteorológico está concentrado na ilha de Inagua, nas Bahamas, a cerca de 850 quilómetros de Miami, no estado norte-americano da Flórida.

O capitão Stephen Russel, da agência nacional de coordenação de emergências das Bahamas, disse que o maior perigo residia na subida do nível da água do mar: “A força destrutiva de uma subida de 8 metros da água do mar é a nossa maior preocupação. Pode ter resultados catastróficos”.

Das Bahamas, a projeção aponta para que o Irma atinja o norte de Cuba antes de seguir em direção à Flórida, onde deverá chegar no sábado. O aviso de furacão está em vigor e foram feitas evacuações em massa de Miami e arredores.

“Vai ser destrutivo”. Furacão Irma chega à Florida no fim de semana

Em Cuba já foram evacuados turistas das zonas costeiras para o interior da ilha – incluindo quatro portugueses – e o governo apela a que todos se refugiem no centro da ilha, longe do mar.

Cuba. Quatro turistas portugueses retirados de Cayo Coco devido ao furacão Irma

Ontem à noite, o Irma atravessou o norte do Haiti e da República Dominicana, onde causou menos estragos do que se esperava. A região montanhosa no centro da ilha terá protegido grande parte dos dois países dos ventos fortes. Daí, seguiu para as ilhas Turcas e Caicos, onde a eletricidade foi cortada no país inteiro.

O Reino Unido, França e Inglaterra já mobilizarem meios humanos para auxiliar os seus territórios na região. Depois de críticas à falta de resposta do governo britânico, os ministros aprovaram um fundo de emergência de 32 milhões de libras (cerca de 34 milhões de euros). Contudo, da parte britânica, a ajuda humanitária deverá demorar 10 a 14 dias a chegar porque o navio da marinha destacado para auxiliar as Antilhas está ainda no Mediterrâneo.

Em Saint Marteen (parte holandesa) a ajuda holandesa já chegou. Nos territórios franceses deverá chegar nas próximas horas.

Está em curso uma evacuação voluntária da pequena ilha de Barbuda para a ilha de Antigua devido à chegada do recém-formado furacão Jose. Em Barbuda, 90% das infraestruturas foram destruídas pelo Irma.

O furacão Jose – de categoria 4 e com ventos na ordem do 250 quilómetros por hora – ameaça as ilhas Leeward e deverá atingir as ilhas esta sexta-feira, tal como o Irma fez na sua chegada ao caribe. Contudo, deverá desviar-se do percurso feito pelo Irma, para norte-noroeste, sem provocar tantos estragos. Os modelos de previsão para o Jose são ainda provisórios e poderá chegar a categoria 5.

Quanto ao furacão Katia – categoria 2 e na ordem dos 160 quilómetros por hora -, que se formou no golfo do México, perde intensidade e deverá atingir a costa mexicana esta sexta-feira. Recorde-se que o México acaba de ser atingido esta manhã por um terramoto de magnitude 8.2 na escala de Richter e já foi dado o alerta para um provável tsunami. Saiba mais aqui.

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