O líder norte-coreano, Kim Jong-un, promoveu a sua irmã Kim Yo-jong para o politburo, o órgão mais importante de tomada de decisão no Partido dos Trabalhadores da Coreia — e, portanto, do país. Yo-jong substituiu no lugar uma outra familiar do líder supremo da Coreia do Norte, a sua tia Kim Kyong-hee, de acordo com a Reuters, que avança a notícia citando os meios de comunicação estatais da Coreia do Norte.

Para Michael Madden, especialista em assuntos norte-coreanos ouvido pela Reuters, a decisão de Kim Jong-un “mostra que o portefólio e autoridade dela [Kim Yo-jong] são muito mais substanciais do que se acreditava antes e é uma maior consolidação do poder da família Kim“. A irmã do líder norte-coreano já era conhecida das autoridades: em janeiro, os EUA incluíram a mulher na lista negra, juntamente com outros oficiais norte-coreanos, por “graves abusos aos direitos humanos“.

Kim Jong-un aproveitou para promover outros dois influentes membros da elite norte-coreana — Kim Jong Sik e Ri Pyong Chol, dois dos três responsáveis pelo programa nuclear da Coreia do Norte — e ainda o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Ri Yong Ho, que Michael Madden descreve como “um dos políticos mais influentes da Coreia do Norte”. Os três foram incluídos também no politburo.

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Este sábado, Kim Jong-un falou no comité central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, afirmando que as armas nucleares do país são uma “dissuasão poderosa” que garantem a soberania norte-coreana. As declarações de Kim (e as promoções) surgem a sequência de uma nova ameaça por parte de Donald Trump, que este sábado voltou a insistir na ideia de que “apenas uma coisa funcionará”, referindo-se a uma ação militar no território norte-coreano.

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