O apresentador e jornalista norte-americano Charlie Rose foi despedido pela CBS devido às alegações de assédio sexual divulgadas ontem. De acordo com a CNN, um email interno refere que o despedimento tem “efeito imediato” e se deve à “revelação de comportamento extremamente perturbador e intolerável”.

Inicialmente, Rose tinha sido suspenso pela CBS, na sequência do artigo do The Washington Post em que oito mulheres relataram situações de avanços sexuais indesejados por parte do apresentador. Estas aconteceram apenas com membros ou ex-membros da equipa de produção do programa homónimo de Rose na PBS, Charlie Rose.

O email que circulou dentro da CBS, enviado pelo presidente da CBS News, David Rhodes, dizia que “apesar da importância jornalística de Charlie na nossa divisão de notícias, não há absolutamente nada mais importante, nesta ou em qualquer organização, do que assegurar um ambiente de trabalho seguro e profissional”.

Apresentador e jornalista norte-americano Charlie Rose acusado de assédio sexual

Charlie Rose era correspondente do programa 60 Minutes e co-apresentador do CBS This Morning. Esta terça-feira de manhã, os restantes co-apresentadores, Norah O’Donnell e Gayle King, comentaram o caso. “O Charlie não recebe um passe aqui. Ninguém recebe um passe. Estamos todos profundamente afetados”, disse King. O’Donnell, por sua vez, classificou o comportamento como “errado, ponto final” e disse que seria “investigado”. Não se sabe, contudo, se a CBS está a fazer algum tipo de investigação formal interna.

A PBS também anunciou o término da relação com o apresentador e jornalista, tendo, assim como a Bloomberg, suspendido a distribuição de Charlie Rose, programa da sua autoria vencedor de vários prémios.

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