WhatsApp, Snapchat, Messenger, Skype, Hangouts, Viber, Slack, WeChat, BBM… Começam a ser incontáveis todas as aplicações de troca de mensagens online para os smartphones. Esta quinta-feira mais uma ficará disponível por parte do Instagram. O chat nativo da rede social, o Direct, passa a partir das 14 horas desta quinta-feira a estar disponível para os sistemas operativos móveis iOS e Android com uma app autónoma. Para já está disponível em apenas seis países, e Portugal é um deles.

Em declarações ao Observador, Hemal Shah, gestor de produto no Instagram, define esta aplicação como “camera first” (com a câmara em primeiro lugar). Além de permitir enviar mensagens por escrito — como atualmente já permite — o novo Direct tem como foco a partilha de fotografias instantaneamente. Em resposta ao inegável sucesso do Snapchat, o Instagram quer os utilizadores a trocar entre si mais imagens e mini-filmes com filtros de realidade aumentada e pequenas frases, além das tradicionais mensagens de texto.

Mas como funciona o novo Direct? Na prática, pouco muda para os utilizadores do Instagram que já utilizam o Direct para troca de mensagens. Segundo Shah, o objetivo é “tornar a experiência melhor” e “reduzir a fricção para se chegar à câmara. Em termos de toques no ecrã na app nativa do Instagram continua a ser o mesmo: clicar no topo superior direito ou deslizar o ecrã para a direita. Ao vermos uma demonstração de como a transição entre aplicações funciona, vemos que além de ser mais intuitiva como, por exemplo, entre o Messenger e o Facebook, a transição entre apps é rápida. Depois, é enviar mensagens ou fotografias. Quem não quiser instalar a nova aplicação, poderá continuar a usar o Direct através do Instagram.

Se queremos que o Direct continue a ser melhor há desafios se o tivermos dentro do Instagram. As pessoas abrem o Instagram por razões diferentes. Às vezes abrimos para partilhar, mas outras vezes abrimos apenas para consumir, porque é divertido sentarmo-nos e ver o que os nossos amigos estão a fazer. Quando se abre o direct já sabemos o que vamos dizer.” Explica Hemal Shah quanto à criação da nova aplicação.

Para utilizar o novo Direct continua a ser necessário ter uma conta de Instagram (utilizadores menores de 13 anos continuam a estar, tecnicamente, proibidos de utilizar esta aplicação também). Apesar de ser uma aplicação autónoma, funcionará como extensão à app principal. A vantagem está na implementação de novos filtros e ferramentas próprias para quem utiliza o Direct para enviar fotografias.

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Questionado sobre o Instagram ter sido considerado a rede social que mais prejudica a saúde mental dos jovens e o que a empresa está a fazer para combater esses efeitos, Hemal Shah disse: “dar um espaço privado para as pessoas falarem creio que é melhor”. Para Shah, no Instagram há “tensão constante entre o conteúdo público e o privado”, e o Direct como app autónoma é uma forma de incentivar a uma utilização mais privada.

Construir uma nova aplicação é muito difícil. Os mais jovens são muito racionais quanto ao que põem nos telemóveis”, explica Hemal Shah quanto à existência de várias aplicações de mensagens disponíveis.

Hemal Shah, afirma que Portugal foi escolhido para este primeiro lançamento da aplicação graças à “forte comunidade do Instagram”. Ao ser lançada, nesta primeira fase de aperfeiçoamento da app, em apenas seis países (Itália, Uruguai, Chile, Turquia, Israel e Portugal) a empresa pretende testar como o público mundial receberá a aplicação assim que for disponibilizada em mais locais. Para já, não há previsão sobre quando será feito o lançamento noutros países.