Colin Firth não fará parte de mais nenhum projeto dirigido por Woody Allen no futuro. O ator falou ao jornal britânico The Guardian no mesmo dia em que Dylan Farrow deu a sua primeira entrevista em televisão acusando o pai adotivo de a ter molestado quando tinha sete anos.
“Eu não trabalharia com ele novamente”, afirmou Firth, que em 2013 fez parte do elenco de “Magia ao Luar”, um ano antes de Farrow ter publicado uma carta aberta onde alegava que Allen a teria molestado num sótão e onde acusava Hollywood de manter os olhos fechados.
Na altura, o realizador negou as denúncias, apelidando-as de “falsas e vergonhosas”, e esta semana voltou a refutar as acusações de que foi alvo, acusando a família de Farrow de utilizar “cinicamente a oportunidade oferecida pelo movimento Time’s Up para repetir as falsas acusações”.
O movimento Time’s Up surgiu no início de janeiro em resposta às recentes acusações de assédio sexual, na sequência dos escândalos de Hollywood. Em dezembro, Dylan Farrow escreveu novamente uma carta aberta repetindo as acusações e questionando por que razão o movimento estava a poupar Woody Allen a críticas. A filha adotiva do realizador pediu ainda que mais atores a apoiassem.
Desde então, vários têm sido os atores que expressaram apoio publicamente a Farrow e que disseram arrepender-se de terem trabalhado com o realizador, incluindo Mira Sorvino, Rachel Brosnahan, Greta Gerwig, Rebecca Hall e o ator Timothée Chamalet. Enquanto várias atrizes que colaboraram com Woody Allen têm vindo a condenar o realizador, a maior parte dos atores tem permanecido em silêncio, levantando algumas críticas.
No ano passado, na sequência das acusações a Harvey Weinstein, Firth chamou-lhe “homem assustador” e disse sentir vergonha de não ter feito mais quando a atriz Sophie Dix lhe contou que teve um “encontro angustiante” com o produtor há mais de 25 anos.